Uma outra história interessante de tarô é do baralho cigano e sua demonstração para o mundo. O tarô cigano é um baralho desenvolvido por um povo nômade, utilizando cartas e simbologia totalmente diferentes dos demais tarôs. Suas imagens mostram situações do cotidiano, o caminho normal do homem, e sua interpretação se dá através da intuição e da observação das cartas em si. Muito diferente dos jogos tradicionais, a forma como este baralho é utilizado mostra que toda a realidade presente faz parte de uma grande jornada, passando por ciclos repetitivos.
A origem deste tarô é contada por uma história que mostra a crença deste povo. Em junho de 1879, o professor de matemática e estatística Jean Pierre Dunant viajava pela Hungria em busca de um raríssimo exemplar sobre a vida de Pitágoras, pai da matemática. Conta que ao entrar em uma livraria em Budapeste, na rua Vajva, viu sobre o balcão, próximo a livros de filosofia, um montante de papeis rabiscados. Por curiosidade, resolveu dar uma ‘olhada’ neste papeis e se interessou por seu conteúdo. Ao abordar o dono do estabelecimento sobre o livro de Pitágoras, obteve como resposta ‘ o senhor acaba de encontrar o que estava procurando’. Por mais que Jean Pierre insistisse, a resposta do livreiro era a mesma e, sem ouvir as negativas do francês, juntou as folhas e entregou-as a ele. Um pouco atordoado, o professor resolveu pegar os escritos e partiu.
Depois de muito analisar as folhas, decidiu que viveria em uma comunidade de ciganos para poder confirmar a veracidade dos documentos. Ao começar sua jornada em busca deste povo pela Romênia, acabou sendo feito de prisioneiro dos ciganos que não acreditaram em seu argumento de escrever um livro sobre tal cultura. Mais de um ano se passou ate que Jean Pierre conseguisse conquistar a simpatia da tribo e, sendo liberado, conviveu mais quatro anos fazendo seus estudos e aprendendo muito sobre a cultura deste.
Em 1885, retornando a França, escreveu o livro cujo titulo era O Único e Verdadeiro Livro do Tarô Cigano. Por falta de finanças, não conseguiu editar seu manuscrito e morreu aos 39 anos.
Maio de 1958. O pesquisador Juan Garcia Chávez entra em uma livraria na Hungria a procura de um livro qualquer e encontra em cima do balcão os manuscritos do livro do professor Jean Pierre. Querendo comprá-lo pergunta ao livreiro o preço dos mesmos e descobre que estavam prestes a serem jogados fora. Deixa uma quantia no balcão e retorna ao seu trabalho. Proprietário de uma editora de médio porte faz cinco mil exemplares do livro e teve uma vendagem de sucesso. Refaz nova remessa que também se mostra um sucesso de vendagem. Antes de completar a terceira edição, cai doente e é visitado por uma cigana que conta seu passado. Antes de sua morte, ouve desta mulher ter ele sido um professor de matemática e estatística francês, vivido no século XIX.
Este jogo de taro tão repleto de magia e mistério tem em suas laminas toda a historia de um povo que, desde a época do Egito, vive em grandes caravanas, desenvolvendo a leitura da sorte e a conexão com a natureza e o oculto.
A grande maioria dos jogos de tarô foi desenvolvida no século passado, porem todos têm seus mistérios e arquétipos desenvolvidos através de alguma época de nossa historia. Buscando nas culturas antigas, muitos leitores destes oráculos fazem uma leitura das informações do consulente através de mitos e formas de vivencia dos tempos antigos.
A tradição Cigana é milenar, e um dos costumes mais antigos (bem antes mesmo de Cleópatra achar lindo cartas de jogo); nosso povo já era Rei na arte adivinhatória, já usava a quiromancia e entre outras coisas para profetizar, surgiu em dada Tribo o baralho Original Cigano, data, tempo, nada disso impera, apenas permaneceu sobre a linha do seu próprio designo de existir.Passado de geração a geração .... chegou até nossos tempos...
Existe muitas lendas a respeito, e livros editados de forma a tentar desvendar sua origem.. mas a verdade é que ele existe apenas isso...
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