segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

PATER NOSTER


PATER NOSTER,

QUI ES IN COELIS,

SANTIFICETUR NOMEM TUUM

ADVENIAT REGNUM TUUM

FIAT VOLUNTAS TUA

SICUT IN COELO ET IN TERRA

PANEM NOSTRUM QUOTIDIANUM

DA NOBIS HODIE

ET DIMITTE NOBIS DEBITA NOSTRA

SICUT NOS DIMITTIMUS DEBITORIBUS NOSTRIS

ET NE NOS INDUCA

IN TENTATIONEM

SED LIBERA NOS A MALO

AMEM



















A INTERPRETAÇÃO DO PAI NOSSO ORIGINAL

PATER (PAI) - Usando a expressão de intimidade que a palavra sugere, quer demonstrar não somente a certeza e a segurança no que
está ensinando como também afirmar que o Deus todo poderoso e irascível não existe e que o grau de distância mantida de forma
religiosa entre a criatura e o Criador está apenas no achismo do homem. Deus, apesar de Infinito, ESTÁ AO NOSSO ALCANCE, não
sendo, portanto, privilégio de alguns, nem de fato e muito menos de direito por merecimentos materiais.

NOSTER (NOSSO) - O pronome plural ou coletivo é propositadamente dito, para mostrar que a filiação divina é um direito de nascimento
e que jamais foi perdida, nem mesmo com a desobediência adâmica, já que um pai perfeito jamais deserda a quem lhe saiu do seio.
Contudo, o agressor desobediente, verdadeiro causador do afastamento desta filiação, tem ao seu alcance a chance de reaproximação
desde que queira e se disponha a seguir os novos ensinamentos. Portanto, o PAI É NOSSO e não apenas de alguns.

QUI ES IN COELIS (QUE ESTAIS NOS CÉUS) - Demonstra esta frase categoricamente três certezas: 1a.) que a vida terrena tem uma
limitação; 2a.) que há um destino posterior e definitivo; 3a.) que há uma premiação para os que trilharem, nesta transitoriedade, mais
pertos do cumprimento comportamental sugerido pelo decálogo. Esta afirmação está implícita na expressão “nos céus”, que não
significa dizer que há lugares diferentes, mas situações distintas junto à Onipresença Divina ou seja, graus de intimidade entre um filho
e um pai. A distância da intimidade de um pai para todos os filhos é sempre a mesma; são os filhos que se colocam numa maior ou
menor distância desta aproximação.

SANTIFICETUR NOMEM TUUM (SANTIFICADO SEJA O TEU NOME) - Mais uma vez, o grau de proximidade entre o Criador é ressaltado,
pelo uso pronominal na segunda pessoa do singular, no jogo de sedução que se usa quando se quer convencer alguém,
atingindo o alvo. Quando ele almeja a santificação do nome, está exortando sub-repticiamente aos que o escutam para que
mantenham um respeito e uma hierarquia genética, apesar da intimidade que deve existir no relacionamento paterno-filial e que este
nome jamais seja pronunciado de forma desrespeitosa ou nos momentos inadequados.

ADVENIAT REGNUM TUUM (VENHA A NÓS O TEU REINO) - Ou seja, venha a nós o teu perdão; que esteja ao nosso alcance a chance de
reencontro, já que as diferenças entre a criatura e o Criador foram esquecidas pela criatura que quis, afrontosamente, se igualar ao
Criador, com a sua desobediência primeira, no afã ingênuo de querer saber tanto quanto aquele que o criou. É um pedido de desculpas
com uma promessa de jamais repetir o que não deveria ter feito.

FIAT VOLUNTAS TUA (SEJA FEITA A TUA VONTADE) - O comportamento humano atinge neste momento o mais alto grau do bom senso,
já que demonstra entre outras coisas: 1a.) a certeza de que errou; 2a.) a resignação da culpa; 3a.) a aceitação do que pode vir.

SICUT IN COELO ET IN TERRA (ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU) - Mais uma vez uma alusão de que existem graus de premiações, de
acordo com os módulos comportamentais e pessoais. O ser humano, após o reconhecimento da culpabilidade e o arrependimento lógico,
já definiu para si próprio um lugar apropriado, equivalente e merecido para aquilo que praticou na vida terrena. Usou a palavra no
singular. Usou “céu” tendo a certeza de um lugar já definido para o seu grau de merecimento, já sabendo qual o céu, entre tantos que
ele próprio escolheu para si; e deixou a cargo de Deus, sem pedir nem implorar, a condição de ser colocado, numa escala de
posicionamento, mais próximo da intimidade com o Pai.

PANEM NOSTRUM QUOTIDIANUM (O PÃO NOSSO DE CADA DIA) - Não se refere aqui ao alimento material, já que o instinto de preservação
obriga o ser humano a procurá-lo e produzi-lo. Refere-se ao alimento espiritual:
- a FÉ que é o ACREDITAR numa vida futura;
- a ESPERANÇA que é o DESEJAR estar na relação dos escolhidos;
- a CARIDADE que é o AMOR que deve ser repartido eqüitativamente e doado para todos os irmãos; são estes os verdadeiros alimentos
que impulsionam para as mudanças do “modus vivendi e operandi”, através de módulos comportamentais, na tentativa de se ter uma
premiação entre os eleitos.

DA NOBIS HODIE (DÁ-NOS HOJE) - O pedido demonstra que houve um reconhecimento da própria limitação; o homem não é mais
aquele ser que pode desafiar a divindade, mas um ser que tem fronteiras, que não é tão onipotente quanto pensava e que está
dependente e umbelicado a uma fonte superior, necessitando, portanto, de ajuda. Pede assim que o Criador não o deixe fraquejar
novamente e envie aquele alimento fortalecedor dos seus princípios espirituais.

ET DIMITTE NOBIS DEBITA NOSTRA (E AFASTA DE NÓS OS NOSSOS DÉBITOS) - É um pedido pela reconsideração divina, para que as
ações mal direcionadas que causaram danos a terceiros sejam reavaliadas e perdoadas por Deus e que a conta seja zerada e seja
concedida mais uma chance de recomeço. Que o Pai deixe bem longe de nós os nossos erros.

SICUT NOS DIMITTIMUS DEBITORIBUS NOSTRIS (ASSIM COMO NÓS AFASTAMOS (OS ERROS) DOS QUE ESTÃO EM DÉBITO CONOSCO - A
justificativa afirma de forma convicta que houve primeiramente um perdão do lado de cá para aqueles que nos imputaram culpas e erros
e que o pedido anterior (e afasta de nós os nossos débitos) só está sendo feito porque o nosso perdão foi verdadeiro; é um pacto de
extrema seriedade para se evitar os próximos erros; uma promessa de reformulação de ações pessoais.

ET NE NOS INDUCA (E NÃO NOS INDUZA) - A convicção da fragilidade humana é ressaltada neste término do poema. O ser humano
pede perdão, promete não dever nunca mais e, no entanto, conhecedor de si próprio, pede um reforço divino. Pede que não haja mais
outro teste.

IN TENTATIONEM (EM TENTAÇÃO) - Que outra indução não lhe seja apresentada sob a forma do irresistível, da falsa beleza, da
enganadora facilidade de se possuir o que não lhe é devido.

SED LIBERA NOS A MALO (MAS LIVRA-NOS DO MAL) - Neste momento, o homem sente as suas limitações e percebe quão pequeno ele é;
apenas um microcosmo, um “ad miniculum” do Criador, uma partícula infinitesimal que se arvorou em querer se igualar com o INCRIADO
e se sente ridículo. Pede humildemente que o Pai seja o seu escudo protetor.

AMEM (AMÉM) - Significa assim seja, para sempre. Demonstra, com este anelo final, que está ainda temeroso de que isto não aconteça.
Então, torce fervorosamente até o infinito de que ASSIM SEJA, AMÉM.

Texto extraído folheto Renasce Brasil

Neste modelo de oração Jesus ensina todos os aspectos que devemos considerar para nos relacionar corretamente com Deus. Portanto, irmãos em Fé, aprendamos a entender o que clamamos na oração que O Mestre Jesus nos ensinou, para que saibamos usá-la de forma eficiente e com mais sabedoria.

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AS 7 LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO...

Infelizmente não sei o autor deste maravilhoso texto, mas vale a pena ser lido, se alguém souber quem o escreveu, me diz para dar os devidos créditos a ele (a)...

AS 7 LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO...



Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas deciam-lhe pelas faces, não sei porque contei-as...foram sete.
Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei. Fala meu Preto Velho, diz ao teu filho por que externas assim uma visível dor?
E ele, suavemente respondeu:

- Estás vendo esta multidão que entra e saí? As lágrimas contadas estão distribuidas a cada uma dela.
- A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para sairem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam.
- A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando prejudicar aos seus semelhantes.
- A quarta, aos frios e calculista que sabem que existe uma força espiritual, e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma, e não conhecem a palavra gratidão.
- A quinta, aos que chegam suave, com risos, o elogio na flor dos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: "Creio na Umbanda, nos teus cabocolos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso ou me curarem disso ou daquilo."
- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de centro em centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
- A sétima, filho, nota como foi grande e como deslizou pesada: Foi a última lágrima, aquela que vive nos "olhos" de todos os Orixás. Fiz a doação dessas aos médiuns vaidosos, que só aparecem no centro em dia de festa e faltam as doutrinas. Esquecem, que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual.
Assim, filho meu, foi para esses todos, que vistes cair, uma a uma as sete lágrimas de Preto Velho.

EU SOU UMBANDISTA!



Por Etiene Sales

Eu sou Umbandista...Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo,mas todos os terreiros,centros e casas de Umbanda,representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres,quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação,mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios,tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo,confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade,com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado,de sujo,de ignorante,conservador,alienígena,louco. E ainda assim,amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico,espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo,de Satanás,de servo dos Encostos e mesmo assim levantar a cabeça,sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zamby para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar mesmo nos piores momentos,com a pior das doenças,estando um caco espiritual e material,que os Orixás e os guias,mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali,ao nosso lado,momento a momento nos dando força e coragem;ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias,pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim,onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda,mesmo que seja diferente da nossa,mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar,sorrir,andar,respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você,mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata,nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade,seja no terreiro,seja numa encruza,seja na calunga,seja no cemitério,seja na macaia,seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa,mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras,sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques,sua vibração,sua importância,sua ação,sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia,nós Umbandistas,acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz,sua prática,sua fé,sua doutrina,seu acreditar,sua dedicação,seu suor,suas lágrimas e sacrifício,não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você,mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer,pensar e ser,ser e nunca estar

É saber que a Umbanda não vê cor,não vê raça,não vê status social,não vê poder econômico,não vê credo. Só vê ajuda,caridade,luta,justiça,cura,lágrima… e bom,mal e bem...Os problemas,as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre;não tem dono,não tem Papa,mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda,mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda