quarta-feira, 20 de abril de 2011

COMPROMISSO MEDIUNICO- Por Alexandre Cumino


Irmãos e filhos, recebi este texto e resolvi repassá-los, é ótimo para reflexão, boa leitura e aproveitem para pensar sobre o mesmo...

"Escrevi estas linhas para meus irmãos, filhos, do terreiro/templo/escola Pena Branca, mas creio que embora esteja carregado de alguns conceitos locais (restritos a este Templo) ofereço a todos como uma reflexão sobre o compromisso e o comprometimento mediúnico.
Alexandre Cumino."

COMPROMISSO MEDIUNICO

Desenvolver a mediunidade na Um­banda é algo considerado de gran­de responsabilidade. O mé­dium que vai se desenvolver irá lidar com vidas humanas, muitas vezes, em momentos de dor e perdas, outros em conflitos existenciais e questionamentos de valores.

Este médium para exercer mini­ma­mente bem sua atividade mediúnica diante da responsabilidade assumida deve ter ao menos comprometimento com o compromisso assumido ou que pretende assumir.

Se a tarefa mediúnica não é priori­da­de em sua vida, então podemos con­cluir que dificilmente realizará um bom trabalho para si e para os outros, pois, não basta ter o fenômeno da mediunidade ( sendo ela de incorporação ou não) e deixar que a energia de um espírito faça tudo e assuma todas as responsabilidades como se este trabalho não dependesse também de uma parceria entre a energia do médium e seus guias que necessitam dela para trabalhar e vice-versa.

Sem comprometimento o trabalho espiritual fica para segundo plano: Vela de anjo da guarda, banhos, firmezas, orações e verdades ficam para trás. Quando se dá conta já não consegue mais ter a freqüência desejada no com­promisso assumido.

Quando chega a este ponto, de dar desculpas a si mesmo e aos outros por suas faltas, temos um sinal de alerta. Talvez, este médium deva voltar a assis­tência durante um período para pensar melhor se quer apenas poder vir de vez em quando ao terreiro ou assumir um compromisso consigo mesmo e com a espiritualidade.

Somos médiuns para oferecer o dom a quem necessita,... para recebermos e buscar algo nossa posição é de con­sulente;

aquele que mais pretende oferecer que receber é médium,... aquele que pretende mais receber que ofe­re­cer é consulente.

Mas há de convir que o médium é o primeiro a receber os be­nefícios do convívio com as entidades espi­rituais.

A oportunidade de aprendizado ou­vindo as dores alheias são únicas e po­dem transformar sua vida.( você verá que não é o único a ter problemas e que há pessoas em pirores situações que a sua.)


Comprometimento mediúnico é comprometimento com a vida, o descomprometimento mediúnico denota descomprometimento com a vida, um alto enganar-se, auto sabotagem ou simplesmente um sinal de que, talvez, pode ser, que o seu caminho seja em outro lugar, o que pode ser na mesma religião ou outra religião. E ninguém pode saber esta resposta a não ser você mesmo com a força do seu coração e do seu ser junto ao “eu superior” e Deus.


OGUM GUERREIRO - 23 de abril



Divindade masculina iorubá, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal, Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exú, está mais próxima dos seres humanos. O Guerreiro sempre foi a figura mítica do deus mais invocada, já que é sua função realizar no astral as guerras que os seres humanos não conseguem travar ou vencer na sua luta cotidiana. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela umbanda, onde é muito popular. É sincretizado comumente com São Jorge ou Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa. Ogum segundo as lendas não era figura que se preocupasse com a administração do reino do seu pai, Odudua. Apesar de ter sido o eventual substituto do pai em diversas ocasiões, ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com as moças da região e brigas com seus namorados. E, criando assim uma imagem política desmoralizante, acabava sendo enviado para o que mais gostava de fazer: lutar para conquistar territórios. Não se interessava pela administração do local conquistado. Ogum é aquele que gosta de iniciar as conquista mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas. Na África Ogum é o Deus do ferro ,a divindade que brande a espada e forja o f erro, transformando-o no instrumento de luta. Assim, seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam o ferro: ferreiros, barbeiros etc...É por extensão o orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. É o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão. Tem junto com Exú posição de destaque logo no início do ritual. Tal como Exú, Ogum também gosta de vir a frente. Tem algo em comum com as duas primeiras figuras do Zodíaco, os signos de Áries e Touro: a energia quase pura, explosivamente criativa e indomada, praticamente inesgotável do carneiro e a visão prática, utilitária, a determinação na busca de objetivos e a capacidade de trabalho do Touro. Como se pode depreender das indicações anteriores, Ogum não se prende a riqueza. Não se interessa pelo poder representado pelo governo, pelo controle do comportamento dos cidadãos em tempo de guerra, por atividades que exijam tempo, paciência e sutilezas diplomáticas ou cuidados com as repercussões secretas e milimétricas de cada atitude. Ogum gosta do preto no branco, dos assuntos definidos em rápidas palavras, de falar diretamente a verdade sem ter que se preocupar em adaptar cada discurso a cada pessoa. è arrogante demais para modificar seu modo de falar e ter de pensar que o que é lógico e válido para ele pode não ser para outros. Pouco se importa com a comodidade e dispensa o luxo. Todas as passagens dos rituais de Ogum, especialmente suas comidas ritualísticas, estão entre as mais despojadas dos costumes africanos. Gosta de dormir no chão, precisa que o corpo entre em contato sempre direto com a natureza e dispensa roupas elaboradas e caras, que possam ser complicadas de vestir ou que exijam muito espaço na mochila. A violência e a energia, porém, não explicam Ogum totalmente. Ele não é do tipo austero. Embora sério e dramático, nunca é contidamente grave. Contenção, aliás, é palavra que desconhece. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo. Quando apaixonado, sus sexualidade é devastadora e não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Fora da guerra é o Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver, especialmente no contato com amigos e camaradas. Ogum gosta de alegria, de muita gente em volta ouvindo suas histórias, sendo a feijoada uma comida que eventualmente pode ser oferecida ao orixá, por ser um prato social por excelência. O numero associado a Ogum é o sete que divide com seu irmão Exú. Partilha com Exú também a violência, o individualismo e o gosto de entrar de cabeça nas lutas e guerras. Falta a Ogum porém a malícia de Exú que as vezes finge não estar brigando para melhor poder atacar o oponente, enquanto Ogum sempre ataca pela frente, sem medir perigos. Por outro lado, Ogum leva vantagem sobre Exú, mesmo sendo temperamental, dado a repentes, mantém-se fiel a seus próprios objetivos. Não quer vencer a batalha, mas a guerra como um todo. As dificuldades servem de estímulo a Ogum ,quanto mais obstáculos, mais eles permanecem na luta.

Caracteristicas de seus filhos

Os filhos desse Orixá são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo a ser conquistado: a coragem é muito grande, a franqueza absoluta, chegando mesmo a falta de tato, que, acrescida à rudez habitual, pode conquistar-lhes a fama de mal educados ou pouco preocupados com os outros. É um líder nato, embora certas vezes não demonstre, gosta de assumir o controle de equipes com as quais está envolvido. Gosta de chefias e departamentos onde esteja presente o novo e o inexplorado. Em ternos físicos, o filho de Ogum tende a ser esguio, musculoso e atlético, mas não necessariamente volumoso. Tudo em Ogum se aproxima do conceito de despojamento, do ser que não tem tempo para ser vaidoso, por que está sempre de passagem. A vida dos filhos deste orixá é movimentada, sua casa tem poucos móveis., quase nunca de estilo antigo e de características barrocas, com cantinhos difíceis de limpar. Será um lar austero, com poucas peças, sempre muito práticas, deixando grandes espaços vazios, o importante para ele não é criar um ambiente harmonioso, mas ter cadeiras para sentar, mesa para servir as refeições ou trabalhar e pronto. Os cabelos das mulheres de Ogum costumam ser cortados curtos; quando longos, são mantidos soltos, lisos ou enrolados por uma permanente, ou seja, formas simples que não exijam perda de tempo.

O culto a Ogum


As oferendas e festas para Ogum , costumam realizar-se nas terças-feiras, dia a ele consagrado. Todas as danças dos filhos de Ogum possuídos pelo Orixá tem marcações marciais, de guerra e luta, sendo comuns os embates entre os filhos de Ogum e Xangô, velhos adversários. Excetuando-se Exú, de quem é companheiro e irmão, e Oxalá, a quem respeita como Patriarca, as relações de Ogum com os outros orixás masculinos (Aberós) não são muito boas, o que é lembrado nas festas. Com os orixás femininos (Iabás) o relacionamento é superficial, pois as considera apenas objetos sexuais. O elemento fundamental dos apetrechos de Ogum é o ferro, lembrando sua condição de ferreiro e metalúrgico. Sua cor é o azul-índigo ou o azul mais brilhante que o aço assume no momento imediatamente posterior a forja.

Sincretismo

Ogum foi sincretizado com São Jorge , por serem de caracteristicas identicas,- Soldados Guerreiros.

A oração de São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge
, para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam
e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças
se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se
arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua
santa e divina graça,
Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino,
protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e
Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu
defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.
Glorioso São Jorge , em nome de Deus, estenda-me o seu escudo
e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com
a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus
inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino
Espírito Santo.

São Jorge rogai por nós!...

Prece a Ogum

Orixá protetos, Divindade das lutas por um ideal, abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança. Senhor Ogum, Divindade das guerras e das demandas. livrai-me dos empecilhos e dos meus inimigos. Abençoai-me neste instante e sempre para que as forças do mal não me atinjam. ogum Lê, Cavaleiro Andante e dos caminhos que percorremos, dai-nos sua eterna proteção. Patacori, Senhor Ogum, vencedor de demandas...Ogunhê meu Pai...que assim seja!






PÁSCOA




A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta de muitos séculos atrás.
O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae.
Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pesach, cujo significado é passagem.

Entre os primeiros os cristãos a data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte a lua cheia posterior al equinócio da Primavera (21 de março). Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade
de Jeruslém.




Significado dos "ovos de Páscoa" Por ser os ovos símbolo da vida em gestação, para os cristão o ovo tem o significado de ressureição daquele que está por nascer. O ovos de páscoa portanto, é o símbolo festivo do final da quaresma,do mártirio e o ressurgimento, de nosso Mestre jesus Cristo, da morte como vencedor do mal e da finitude mortal dos humanos.

O que é que o "coelho" tem a ver com isso?

A figura do coelho como a do ovo está simbolicamente relacionada à páscoa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.

Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova.
A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.