terça-feira, 30 de novembro de 2010

O TARÔ DOS ORIXÁS



O Tarô dos Orixás tem como origem a Nação Yorubá, como o Candomblé e a Umbanda. Trabalhando com a energia dos elementos da natureza e dos Orixás com suas implicações em nossas vidas mundanas. Traz também na leitura para o consulente a influência da Astrologia com os arcanos menores. A leitura segue em parceria com o Tarô de Marselha, trabalhando com a mandala astrológica e as indicações que os Santos ou Orixás também dizem, misturando as imagens tradicionais do Tarô de Marselha e as lendas dos Orixás. Esse curso visa o entendimento da aplicação dos Orixás nas cartas do tarô e em como compreender seus conselhos. Com a base no Tarô de Marselha, temos a integração da vida material e espiritual em uma mesma jogada. Vamos juntos aprender um pouco sobre cada Orixá e o que eles podem representar em nossas vidas, além de aprender sobre a mitologia Yorubá.

Os arquétipos do Tarot: O Tarot dos Orixás, de Eneida Duarte Gaspar

Este baralho é constituído por 78 cartas. Os trunfos (Arcanos Maiores),
que são 22, representam os orixás e outras figuras importantes da Umbanda
(povo da rua, cemitério, e mata, pretos-velhos, crianças). As restantes
56 cartas são divididas em quatro naipes (Paus, Copas, Ouros e
Espadas) de 14 cartas cada (dez números e quatro figuras). Adotei o número
das figuras dos baralhos tradicionais, os quais além do Pajem (Valete),
Dama e Rei, contam com o Cavaleiro,

OS TRUNFOS

Este conjunto de cartas, originário de um jogo educativo italiano do início
do século XIV (os naibis), descreve um conjunto de experiências básicas
da vida do indivíduo. Pode ser dividido em três grupos.
As cartas de 1 a 7 apresentam os personagens que uma pessoa vive ao
encontrar em diferentes momentos da vida: o Esperto, a Velha Sábia, a
Grande Mãe, o Grande Pai, o Velho Sábio, o Amante, o Aventureiro.
As cartas de 8 a 14 representam as qualidades que a pessoa precisa desenvolver:
senso de justiça, prudência, humildade, força, espírito de sacrifício,
desprendimento, paciência.
O último grupo, que inclui as cartas de 15 a 21, descreve as várias formas
de iluminação pelas quais a pessoa deve passar (os vários modos dela se
relacionar com a realidade): emoção, percepção, intuição, imaginação,
pensamento, êxtase.
A 22ª carta, sem número, é o Louco (o Curinga dos baralhos modernos),
que é o próprio viajante que segue todos esses caminhos.

REPRESENTAÇÃO DAS CARTAS:

MARSELHA ORIXÁS

I- MAGO I- OSSAIM
II- A SACERDOTISA II- NANÃ
III- A IMPERATRIZ III- IEMANJÁ
IV- O IMPERADOR IV- XANGÔ
V- O SUMO SACERDOTE V- OXALÁ
VI- O ENAMORADO VI- OXOSSI
VII- O CARRO VII- OGUM
IX- A JUSTIÇA IX- OBÁ
X- A RODA DA FORTUNA X- IFÁ
XI- A FORÇA XI- IANSÃ
XII- O ENFORCADO XII- LOGUN EDÉ
XIII- A MORTE XIII- BABÁ EGUN ( Pai- Espírito)
XIV- A TEMPERANÇA XIV- OXUMARÊ
XV- O DIABO XV- EXU
XVI- A CASA DE DEUS XVI- TEMPO
XVII- A ESTRELA XVII- OXUM
XVIII- A LUA XVIII- EWÁ
XIX- O SOL XIX - IBEJE
XX- O JULGAMENTO XX- PRETOS - VELHOS
XXI - O MUNDO XXI - CABOCLOS
XXII- O LOUCO XXII- ZÉ PELINTRA

TARÔ E BARALHO CIGANO: QUAL A DIFERENÇA?



Os dois oráculos e instrumentos de autoconhecimento expressam imagens diferentes, esse é o primeiro ponto. Enquanto o Tarô tem 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores, totalizando 78 ao todo, o Baralho Cigano Lenormand possui 36 cartas com naipes e figuras da Corte contidas internamente. Os dois são ótimos e eficientes, abordam áreas de vida diversas e respondem bem perguntas. Questão de preferência, gosto e momento.

Determinadas situações de ordem espiritual atuando sobre o indivíduo são melhores abrangidas pelo Baralho Cigano. Certas colocações intelectuais são melhores apropriadas pelo Tarô e por este motivo muitos homens preferem a linguagem do Tarô. As mulheres em geral, mais familiarizadas com o universo interno, simbólico e intuitivo orbitam naturalmente entre o Tarô e o Baralho Cigano. Ao contrário do que pensam, e dependendo principalmente da habilidade do consultor para compreender o ser humano e suas verdadeiras motivações comportamentais, tanto o Tarô como o Baralho Cigano alcançam profundidade psicológica. Nesse sentido, considerando a simplicidade das imagens do Baralho Cigano, não há motivo algum para diminuir ou menosprezar a capacidade do Baralho Cigano de relatar a alma, além de denunciar os acontecimentos cotidianos. Aliás, um dos esforços de minha vida tem sido, através de escritos e aulas, o de elevar o nível do Baralho Cigano à sua origem histórica: Sra. Lenormand, sua criadora, mulher inteligente, intuitiva e culta.

Quando realizo uma consulta pessoalmente e o consulente não tem definida a sua escolha, embaralho o Tarô e embaralho o Baralho Cigano. Solicito que o consulente divida as cartas em três, junte-as novamente e escolha uma carta do Tarô e uma do Baralho Cigano. Em seguida pergunto qual a preferência no momento para abrir o jogo. O melhor é escolhido, então. De qualquer modo, ao final, na hora das perguntas, também será possível utilizar os dois, caso necessário ou se desejado. Normalmente uma consulta tem a duração de uma hora ou uma hora e meia, dependendo da necessidade de cada um e da quantidade de perguntas após o jogo de abertura.

Num sentido técnico, a diferença do Baralho Cigano está na simplicidade e na objetividade de suas imagens: Casa, Cachorro, Raposa, Urso, Paus e Pedras, Foice, Sol, Lua, Estrelas, etc.... e também muitas vezes na necessidade de interpretar uma carta em conjunto com outras. No Baralho Cigano se, por exemplo, aparece a Carta (nº 27), qual mensagem ela traz? Se tirar o Homem, que homem é este? quais as suas características e propósitos? Para as cartas Criança e Mulher idem. Saiu os Caminhos? qual será escolhido? de onde vem e para onde vai? O que encontra no caminho escolhido? Navio de onde vem e para onde vai? A interpretação se dá pela composição das cartas no conjunto do jogo ou na inter-relação entre elas numa única posição para ganhar sentido. A leitura do Baralho numa determinada posição muitas vezes não é feita apenas no sentido de
uma carta por si mesma. Nesse caso, conta-se a história pela seqüência. Claro que existem jogos onde é absolutamente possível e suficiente interpretá-los com uma única carta em cada posição. Além disso, o Baralho Cigano têm um naipe numerado ou figura da corte incluído internamente com significados importantes complementares à imagem. A figura representada na imagem lhe dá o nome da carta.

No Tarô dada a complexidade de cada carta, num jogo pequeno ou grande, para cada posição basta tirar um arcano e complementá-lo com um arcano menor. No Louco do Tarô, por exemplo, existe todo um cenário compondo a carta: um homem na beira de um precipício com chapéu de bobo e roupa surrada carrega uma pequena sacola nas costas em uma das mãos e na outra segura um bastão. Tem um cachorro com as patas na sua perna. A Lua no Tarô tem a Lua no céu, dois castelos no fundo, uma lagosta numa lagoa, dois lobos, plantas, etc.

No Tarô os personagens da Corte: Rei, Rainha, Cavaleiro e Pajem (ou Princesa) possuem características bem definidas a priori, de acordo com o naipe pertencente. Nos arcanos maiores, o Imperador e a Imperatriz, por exemplo, também possuem atributos definidos.

Para simplificar o entendimento da diferença entre Baralho Cigano e Tarô, vamos fazer uma analogia com palavras e frases de um idioma: o Baralho Cigano, então, é composto de palavras, que juntas formam uma frase; e o Tarô é composto de frases onde o sentido já está contido em cada carta.

Um bom consultor de Baralho Cigano e/ou Tarô compreende cartas em série ou seqüencialmente, como numa história, sendo importante conhecer e abordar profundamente cada carta, não se dando por satisfeito em memorizar três ou quatro palavras referentes a ela. De qualquer modo, um dos maiores desafios para aqueles que estão aprendendo, seja Tarô ou Baralho Cigano, está em situar a carta dentro de um jogo, visualizando o jogo como um todo, independente da ordem ou das combinações. Necessita de estudo, prática, razão, bom senso, sensibilidade e intuição. A condição espiritual do consultor também interfere indubitavelmente, porque uma pessoa, seja ela quem for, só pode oferecer aquilo que tem.

Composições musicais, séries, histórias, combinações de cartas ou os jogos são matematicamente múltiplos e infinitos. Há sempre uma nova música tocando no rádio ou um filme novo em cartaz. No caso das cartas isso requer uma facilidade com a leitura de símbolos. O que aparentemente era tão simples numa única imagem do Baralho Cigano, ou numa nota só de Do ao Si, torna-se complexo dentro de uma composição moderna, clássica ou individual.

ORIGEM DO TARÔ CIGANO

Uma outra história interessante de tarô é do baralho cigano e sua demonstração para o mundo. O tarô cigano é um baralho desenvolvido por um povo nômade, utilizando cartas e simbologia totalmente diferentes dos demais tarôs. Suas imagens mostram situações do cotidiano, o caminho normal do homem, e sua interpretação se dá através da intuição e da observação das cartas em si. Muito diferente dos jogos tradicionais, a forma como este baralho é utilizado mostra que toda a realidade presente faz parte de uma grande jornada, passando por ciclos repetitivos.

A origem deste tarô é contada por uma história que mostra a crença deste povo. Em junho de 1879, o professor de matemática e estatística Jean Pierre Dunant viajava pela Hungria em busca de um raríssimo exemplar sobre a vida de Pitágoras, pai da matemática. Conta que ao entrar em uma livraria em Budapeste, na rua Vajva, viu sobre o balcão, próximo a livros de filosofia, um montante de papeis rabiscados. Por curiosidade, resolveu dar uma ‘olhada’ neste papeis e se interessou por seu conteúdo. Ao abordar o dono do estabelecimento sobre o livro de Pitágoras, obteve como resposta ‘ o senhor acaba de encontrar o que estava procurando’. Por mais que Jean Pierre insistisse, a resposta do livreiro era a mesma e, sem ouvir as negativas do francês, juntou as folhas e entregou-as a ele. Um pouco atordoado, o professor resolveu pegar os escritos e partiu.

Depois de muito analisar as folhas, decidiu que viveria em uma comunidade de ciganos para poder confirmar a veracidade dos documentos. Ao começar sua jornada em busca deste povo pela Romênia, acabou sendo feito de prisioneiro dos ciganos que não acreditaram em seu argumento de escrever um livro sobre tal cultura. Mais de um ano se passou ate que Jean Pierre conseguisse conquistar a simpatia da tribo e, sendo liberado, conviveu mais quatro anos fazendo seus estudos e aprendendo muito sobre a cultura deste.

Em 1885, retornando a França, escreveu o livro cujo titulo era O Único e Verdadeiro Livro do Tarô Cigano. Por falta de finanças, não conseguiu editar seu manuscrito e morreu aos 39 anos.

Maio de 1958. O pesquisador Juan Garcia Chávez entra em uma livraria na Hungria a procura de um livro qualquer e encontra em cima do balcão os manuscritos do livro do professor Jean Pierre. Querendo comprá-lo pergunta ao livreiro o preço dos mesmos e descobre que estavam prestes a serem jogados fora. Deixa uma quantia no balcão e retorna ao seu trabalho. Proprietário de uma editora de médio porte faz cinco mil exemplares do livro e teve uma vendagem de sucesso. Refaz nova remessa que também se mostra um sucesso de vendagem. Antes de completar a terceira edição, cai doente e é visitado por uma cigana que conta seu passado. Antes de sua morte, ouve desta mulher ter ele sido um professor de matemática e estatística francês, vivido no século XIX.

Este jogo de taro tão repleto de magia e mistério tem em suas laminas toda a historia de um povo que, desde a época do Egito, vive em grandes caravanas, desenvolvendo a leitura da sorte e a conexão com a natureza e o oculto.

A grande maioria dos jogos de tarô foi desenvolvida no século passado, porem todos têm seus mistérios e arquétipos desenvolvidos através de alguma época de nossa historia. Buscando nas culturas antigas, muitos leitores destes oráculos fazem uma leitura das informações do consulente através de mitos e formas de vivencia dos tempos antigos.

A tradição Cigana é milenar, e um dos costumes mais antigos (bem antes mesmo de Cleópatra achar lindo cartas de jogo); nosso povo já era Rei na arte adivinhatória, já usava a quiromancia e entre outras coisas para profetizar, surgiu em dada Tribo o baralho Original Cigano, data, tempo, nada disso impera, apenas permaneceu sobre a linha do seu próprio designo de existir.
Passado de geração a geração .... chegou até nossos tempos...
Existe muitas lendas a respeito, e livros editados de forma a tentar desvendar sua origem.. mas a verdade é que ele existe apenas isso...

A HISTÓRIA DO BARALHO CIGANO Lenormand

A origem do Baralho Cigano Lenormand tem duas versões. Na primeira delas, este magnífico jogo de cartas estaria relacionado ao Petit Lenormand. Este baralho composto de 36 cartas foi criado por Anne Marie Adelaide Lenormand, uma francesa nascida na cidade de Alençon, em 1772. Mademoiselle Lenormand ficou famosa pela precisão de suas previsões, atendendo a figuras ilustres da realeza da França. Numa casa de altos e baixos em Paris, esta mulher jovem, acompanhada de seu gato preto, espalhava sobre a mesa as cartas do seu baralho e previa o futuro de seus nobres consulentes. Ela atendia figuras da alta sociedade da época e grandes líderes, como Robespierre e o Imperador Napoleão Bonaparte.

Além de cartomante, Mademoiselle Lenormand era astróloga, quiromante, numeróloga e tinha muitos outros conhecimentos como geomancia, dominomancia, cafeomancia. Ela revolucionou o conhecimento da Cartomancia, na época, utilizando flores, ervas e talismãs junto com seu jogo de cartas. Com seu desencarne, em 25 de junho de 1843, muita desta sabedoria desapareceu com ela. Somente cinqüenta anos depois, alguns manuscritos de Lenormand foram recuperados e mais tarde divulgados.

Na segunda versão, o Baralho Cigano Lenormand, teria sido descoberto e propagado por este povo mágico que são os Ciganos. Através do seu modo singular de vida migrando de um lugar para outro, eles popularizaram seu jogo de cartas com figuras singelas e de fácil entendimento. Foi desse mesmo modo, que este povo nômade, nos presenteou com a expansão de muitas outras artes advinhatórias, como a Quiromancia, por exemplo, originária da Índia.

Seja qual for a verdadeira origem e a descrição histórica deste baralho, vale lembrar: é fácil notar que a origem da maioria dos oráculos ao qual temos acesso hoje geralmente é deficiente, visto que a humanidade já passou por vários períodos de repressão, tendo assim, perdido muito conhecimento no campo do ocultismo. Se não fosse a persistência e a coragem de diversos mestres da filosofia esotérica, não poderíamos desfrutar hoje deste e de outros maravilhosos jogos de cartas.

O Baralho Cigano Lenormand é constituído por 36 cartas, numeradas ordinalmente e relacionadas aos 4 naipes que constituem a Cartomancia tradicional. Estes naipes -Copas, Ouros, Espadas e Paus - correspondem aos 4 elementos alquímicos: água, terra, fogo e ar. Estes elementos representam respectivamente, a emoção, a matéria, o espírito e a razão.

Com arquétipos de fácil visualização, sua leitura apresenta aparente facilidade. Por este motivo é visto também, equivocadamente, como um instrumento "pobre". Ou seja, não tão rico quanto o Tarot tradicional que a maioria de nós conhece, aquele que apresenta os 22 Arcanos Maiores. No entanto, a posição das cartas, a comparação entre uma e outra, é que especifica a mensagem do jogo feito com o Baralho Cigano Lenormand.

Este último encanta também pela magia relacionada a ele. Muitos o jogam cercados de apetrechos como velas coloridas, incensos, frutas e outros objetos. Mas, existem também aqueles que jogam o mesmo baralho sem nenhum artifício. Vale lembrar que o mais importante é o jogo propriamente dito e a mensagem contida nele. O ritual é secundário.

O Baralho Cigano Lenormand, assim como qualquer jogo de cartas, através dos seus arquétipos, envia mensagens que muitas vezes estão bloqueadas em nosso inconsciente. Extremamente valioso para o nosso dia-a-dia, como se fosse um amigo, um confidente, pode nos orientar para decisões mais acertadas e também nos prevenir dos perigos que nos cercam.

TARÔ

Tarô é um jogo de cartas jogado na França e em outros países francófonos, composto por um baralho de 78 cartas. A Fédération Française de Tarot publicou as regras oficias do jogo[1]. Jogos da mesma família com diferentes nomes são também jogados em outros países da Europa central — na região da Floresta Negra no sul da Alemanha, Suíça, Áustria, Hungria e no norte da Itália. Desde o século XVIII as cartas passaram a ser usadas para a previsão do futuro e desde fins do século XIX elas integram o cerne do esoterismo moderno juntamente com a Cabala, a astrologia e a alquimia medieval

A história do jogo

Os crentes nos poderes do tarô e dos tarólogos formam uma espécie em expansão. Mas o jogo é muito antigo. A própria palavra tarô, do francês tarot, viria do velho Egito, onde o baralho teria surgido, significando "roda" ou "caminho". A história do jogo é tão obscura como o nome. Sabe-se que em 1392, Carlos VI, rei da França, encomendou por um bom preço ao pintor Jacquemin Gringonneur três pacotes de cartas. A primeira descrição de um baralho de tarô, porém, só apareceu séculos mais tarde. Seu autor foi o teólogo protestante francês e historiador Antoine Court de Gébelin (1725-1784).

No primeiro dos nove volumes de sua obra Le monde primitif, Gébelin afirma que as cartas do tarô foram extraídas do Livro de Thoth (Thothum deus egípcio).

No século XVIII, em plena Revolução Francesa, o jogo de tarô tornou-se moda nos salões parisienses e uma certa Mademoiselle Lenormand lia nas cartas do tarô o destino de gente importante da época. Entre seus clientes estavam os líderes revolucionários Robespierre e Saint-Just.

Conta-se também que, anos mais tarde, Napoleão tornou-se assíduo freqüentador de Lenormand. Esse pelo menos sabia lidar à sua maneira com o futuro desvendado pela taróloga: quando as previsões o desagradavam, mandava encarcerá-la por uns tempos.
Diz-se que Mademoiselle Lenormand previu a morte dos dois na guilhotina - o que talvez não fosse uma proeza, dada a facilidade com que se cortavam cabeças na França daqueles anos. Mas, se ela de fato previu a decapitação, nem Robespierre nem Saint-Just puderam fazer qualquer coisa para evitá-la - e isso dá o que pensar sobre a utilidade de se conhecer o futuro.

As cartas

Boa parte do charme do tarô, o que ajuda a entender sua longevidade, está nas próprias 78 cartas que compõem o baralho. Elas se dividem em dois grupos: os 22 arcanos maiores - fundamentais na interpretação - e os 56 arcanos menores, que complementam os outros.A palavra arcano vem do latim arcanu, que quer dizer segredo, mistério, e cada um d eles representa uma figura simbólica diferente. Por exemplo, o arcano IV (os praticantes usam a numeração romana), chamado imperador, simboliza o homem objetivo, materialista, organizado.

Há uma certa carta - o arcano XIII - que de tão assustadora nem tem o nome impresso: é a figura da morte. Mas a morte pode não ser tão feia como a pintam. Segundo uma tranqüilizadora interpretação, essa carta simboliza o renascimento, as transformações pelas quais a pessoa está passando. Tudo depende de quem lê o tarô e, para complicar ainda mais as coisas, os métodos de leitura mudam de um tarólogo para outro: há quem utilize apenas os 22 arcanos maiores, por achar que isso facilita a consulta e a comparação com a leitura anterior, quando o cliente volta; outros preferem usar todas as cartas e certamente devem ter para isso motivos tão relevantes quanto os dos que optam pela versão resumida: é tudo uma questão de crer para ler.

Ao que parece, o tarô e mesmo o I Ching - o livro das mutações que surgiu na China no período anterior à dinastia Chou (1150-249 a.C.) - têm como meta principal levar as pessoas a refletir sobre o que estão vivendo. Talvez por isso, um dos fundadores da psicanálise, o suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), tenha se interessado pelo tarô, entre outras simbologias. Seja como for, o fascínio que as várias formas de esoterismo exercem sobre as pessoas independe de sexo, religião ou atividade. Os homens, na maioria, procuram tarólogos para saber de dinheiro e negócios. Já as mulheres se preocupam com o trabalho e as questões afetivas. A curiosidade que o tarô sempre despertou nos artistas moveu o pintor espanhol e mestre do surrealismo Salvador Dali a desenhar um baralho.

Na literatura, a simbologia contida nessas cartas foi tema de poemas do francês Gérard de Nerval (1808-1855) e do norte-americano T.S. Eliot (1888-1965). E o pintor sergipano; radicado no Rio Antônio Maia, que sempre retratou temas ligados à crendice popular, decidiu comemorar seus 60 anos com uma exposição de 22 telas, onde estão pintados, em bom tamanho, um a um, os arcanos maiores do tarô.

Desde o começo dos tempos, brinca Woody Allen, o homem vive às voltas com algumas dúvidas insuperáveis: quem sou eu, de onde vim - e onde será que vamos jantar esta noite. Ainda mais do que isso, o que as pessoas querem saber de verdade é o que lhes reserva o dia de amanhã.




SÃO CIPRIANO E OS PRETOS VELHOS.


Muito se fala sobre São Cipriano, mas poucos conhecem a história e a representação deste personagem tão controverso e tão misterioso. Muitos procuram os conhecimentos mágicos de São Cipriano mas poucos conhecem sua mais poderosa magia. Muitos pedem a São Cipriano mas poucos entendem seu real poder transformador. Portanto, falaremos um pouco sobre a figura de São Cipriano e sua importante representação para a Umbanda.

Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também ali que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.

Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundia num cenário deslumbrante, a população era majoritariamente romano-helênica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem eram famosas nesta cidade.

Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu em 250 d.e.c., filho de Edeso e Cledónia. Nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos, sendo admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos. Entrou assim em contato com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação etc, dedicando a sua vida ao estudo das ciências ocultas. Ficou conhecido pelo epíteto de “O Feiticeiro”, alcançando grande fama sendo reconhecido como um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.

Por volta dos seus 30 anos Cipriano encontra-se na Babilônia, onde encontra a bruxa Évora. Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus. Após o falecimento da Bruxa Évora Cipriano herda os seus manuscritos esotéricos, dos quais extrai muito da sua sabedoria oculta.

Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra contatando demônios. Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.

Com esse poder infernal, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama, produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprescindível reputação de grande feiticeiro. Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis.

Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido quando foi contatado por um rapaz de nome Aglaide. O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela cristã de nome Justine. Sendo rico Aglaide rapidamente encontrou o consentimento dos pais de Justine quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo Justine recusou-se a casar. Desgostoso, mas com forte determinação em possuir Justine, Aglaide encomendou os serviços espirituais de Cipriano.

Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, que a levariam a oferecer-se para Aglaide e renunciar à sua fé Cristã.

Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito. Para espanto de Cipriano todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações. Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim levá-las a entrar pelos caminhos da luxúria, Cipriano não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele encontrou muitas dificuldades e noite após noite visitava a jovem Justine com a sua infernal quantidade de feitiços. Nada resultou.

Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que até então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora serem derrotadas por uma mera donzela com fé no Deus de Cristo. Aconselhado por Eusébio, um amigo seu, e observando o poder da fé de Justine, Cipriano converteu-se ao Cristianismo. Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu todas as suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.

Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado pelos espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas pretendiam reconduzi-lo aos caminhos da feitiçaria. A fama de Cipriano era contudo grande e as noticias da sua conversão ao cristianismo chegaram à corte do Imperador Diocleciano que tinha fixado residência na Nicomédia.

Cipriano e Justine foram perseguidos, aprisionados e levados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Justine foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de dentes de ferro. Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não negou a sua fé e Justine manteve-se sofredoramente fiel a Deus.

Perante a recusa de Cipriano e Justine em renunciar à sua fé, o imperador os condenou à morte sendo decapitados em 26 de Setembro de 304 d.e.c., juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade. Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Foi um grupo de cristãos que, comovidos pela barbaridade, recolheu-os.

Mais tarde, o imperador cristão Constantino (272 – 337 d.e.c. ) ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. Foi na “Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput” (mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo) que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.

Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino à vida no esplendor da sua existência: do diabo a Deus, dos demônios aos anjos, da feitiçaria à fé crista, da magia negra à magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu. Do pecado à virtude, da luxúria à santidade, da riqueza à pobreza, do poder à martirização, se alguém é digno de um percurso de existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.

Controverso e polêmico, São Cipriano é a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais (do mais profano excesso, à mais sacrificada ascese) encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.

Fonte de pesquisa www.magianegra.com.pt

A Linha das Almas ou Linhas dos Pretos-Velhos também é conhecida como Linha de Yorimá ou Linha de São Cipriano e que dentro dessa linha de trabalho encontram-se pretos - velhos com o nome simbólico de Pai Cipriano?

Veja só, a Vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações, são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos Velhos, ensinando as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e experientes devido às seculares encarnações.

Esta Linha, que ora se diz como linha dos Pretos - velhos, de São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito evoluídas que há vários milênios encarnaram e desencarnaram adquirindo, assim, muita experiência no dia a dia da humanidade. Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos e ensinamentos.

Os Preto-Velhos da Umbanda representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam pois curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam aqueles que necessitam independentes de sua cor, idade, sexo e religião.

Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos pretos -velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores onde foram negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam, escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de preto-velho.

Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor, Amor a Deus e a Você mesmo.

Tenha certeza, assim como a transformação que ocorreu na vida de São Cipriano, os Pretos Velhos transformam a nossa vida se houver Amor.

É absolutamente incrível a transformação que os Pretos Velhos são capazes de fazer na vida, no íntimo e em volta das pessoas.

É absurdamente incrível como o amor, simples e puro, é capaz de transformar.

Salve a Luz dos Pretos Velhos, Adorei as Almas!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O JOGO DE BÚZIOS


O JOGO DE BÚZIOS POR ODU

O ser humano sempre questionou o motivo de sua estadia sobre a terra e,principalmente, o mistério que envolve o seu futuro.

A insegurança em relação ao porvir fez com que o homem tentasse, de diferentes maneiras, prever o que lhe estava reservado, precavendo-se desta forma da má sorte, ao mesmo tempo em que assegurava a efetivação de acontecimentos tidos com benefícios.

Muitos são os processos utilizados nesta finalidade e, no decorrer dos séculos,

diversos sistemas oraculares foram desenvolvidos e largamente acessados com maior ou menor possibilidades de erros e acertos.

Dentre os sistemas oraculares utilizados pelos humanos, na ânsia de descobrir o

futuro, ou contactar as deidades com a finalidade de desvendar o motivo de suas

provações, destacamos alguns como, a astrologia, a cartomancia, a quiromancia e a

geomancia, que por sua popularidade e confiabilidade, continuam a ser muito solicitadas nos dias atuais.

Quase todos os oráculos, independente de sua origem cultural, tendem ao aspecto

religioso, sugerindo sempre uma prática ritualística de caráter muito mais místico do que cientifico.

No Brasil, o sistema divinatório mais amplamente divulgado, aceito e praticado, é o

popularmente denominado “Jogo de Búzios”, que tem suas origens nas religiões africanas, mais especificamente no culto de Orunmilá, o Deus da Sabedoria e da Adivinhação.

Nossa cultura assimilou de forma notável os costumes oriundos do continente

africano, legados pelos escravos que, no decorrer de vários séculos, foram para aqui

trazidos de forma trágica e brutal.

A música, a culinária, a maneira de ser e de agir do brasileiro testemunham, de

forma inequívoca, esta influência, de que não poderia deixar de ser verificada também, na postura de nosso povo diante das religiões, quando, independente de sua opção ou credo, adota sempre uma atitude pautada no profundo misticismo.

Para o brasileiro, como para o africano, não cai uma folha de uma árvore sem que

para isto não haja uma pré determinação espiritual ou um motivo de fundo religioso.

As forças superiores são sempre solicitadas na solução dos problemas do quotidiano e, seja qual for a religião professada pelo indivíduo, a prática da magia é sempre adotada na busca de suas soluções, mesmo que esta prática mágica seja velada ou mascarada com outros nomes.

Sentimo-nos na obrigação de esclarecer ainda que, o Jogo de Búzios como base

como todos os demais processos divinatórios, exige como pré requisito para que possa ser acessado, algum tipo de iniciação por parte do adivinho, assim com a consagração dos objetos concernentes a prática oracular.

O que é Odú? - Qual a sua relação com o sistema divinatório e com o ser humano?

Não faz muito tempo, o tema era considerado segredo e o termo Odú, assim como o nome das dezesseis figuras eram considerados tabu. A simples menção de um destes nomes na presença de iniciados de alta hierarquia era dita e havida como falta de respeito, como um verdadeiro sacrilégio.

Esta postura radical concorreu para que a maior parte do conhecimento sobre o tema desaparecesse através dos anos, na medida em que aqueles que o detinham, negavam-se a transmiti-lo, levando para a sepultura o que lhes havia sido legado por seus antepassados, colocando desta forma, para o efetivo esclarecimento de

subsídios fundamentais e indispensáveis ao correto procedimento oracular.

Os Odu de Ifá são divididos em duas categorias distintas, a saber:

Os Odu Meji (duplo ou repetidos duas vezes). São em números de dezesseis e compõem a base do sistema, sendo por isto conhecido também como Odu Principais.

Os Omo Odu ou Amolu, resultado da combinação dos 16 Meji entre si, o que proporciona a possibilidade de surgimento de 240 figuras compostas ou combinadas que somadas aos dezesseis principais totalizam o numero de 256 figuras oraculares.

Para melhor compreensão, apresentamos algumas figuras combinadas para que se

possa visualizar a diferença existente entre suas representações indiciais em comparação as 16 figuras anteriormente relacionadas:

Somente os Jogos de Ikin e de Okpele permitem acessar os 256 Odu que totalizam

as possibilidades de revelação do sistema. O merindilogun se reporta somente a

interpretação dos 16 Meji, pois cada lançamento condiciona-se ao surgimento de um Odu Meji, impossibilitando o encontro e conseqüente combinação entre eles.

Lenda odu

Segundo uma lenda de Ifá, o acesso a adivinhação não era permitido as mulheres,

numa época em que só se conheciam os jogos de Ikin e de Okpele. Instigados por Oshun, Eshú Elegbara, assistente direto de Orunmila, apoderou-se do segredo dos 16 Meji, revelando-o a Oshun para que pudesse advinhar através dos búzios. Em pagamento, Eshú exigiu que todos os sacrifícios determinados pelo Oráculo fossem a partir de então, entregues a ele, até mesmo os destinados aos outros Orishas, dos quais retira sempre para si, uma boa parte.

Ao contrário do que muitos pensam, todos os Odu de Ifá são portadores de coisas

boas e de coisas ruins, o que nos leva a concluir que não existem Odu positivos ou

negativos. Esta acertiva faz com que se complique ainda mais a adivinhação, na medida em que o O “olhador” que interpreta a leitura de búzios tem que interpretar se a mensagem trazida pelo Odu que se faz presente é boa ou ruim. Existem algumas figuras que são na maioria das vezes portadoras de boas notícias mas que podem também prenunciar coisas terríveis, acontecimentos nefastos, loucura miséria e morte.

É indispensável portanto a qualquer pessoa que pretenda jogar búzios, um

conhecimento no mínimo razoável dos 16 Odu Meji, seus significados, suas características, suas recomendações e interdições, os tipos de bênçãos ou de maus augúrios dos quais podem ser portadores, com quais Orixá e demais entidades podem estar relacionados, os tipos de sacrifícios que determinam, etc.

Os 16 odus são:

1- Okaran - Exu

2- Ejiokomeji - Ogum e Ibeji

3- Etaogundá - Obaluaiê e Ogum

4- Yorosun - Iemanjá

5- Osé - Oxum

6- Obará - Oxóssi, Logunedé

7- Odi - Obaluaiê

8- Ejionilé - Oxaguiã

9- Osá - Iansã

10- Ofun - Oxalufã

11- Owarín - Ogum, Iansã e Exu

12- Ejilaseborá - Xangô

13- Odilobán - Nanã

14- Iká - Oxumaré e Ossaim

15- Obeogundá - Ewá, Obá, Oxumaré e Omolu

16- Aláfia - Orumilá e todos os Orixás funfun



O Oráculo Divinatório de Ifá.

Denomina-se Oráculo Divinatório de Ifa, o sistema de adivinhação utilizado pelos

Babalawo, sacerdotes consagrados ao culto de Orunmila “O Deus da adivinhação e da sabedoria”, considerado como a principal divindade do sistema religioso de culto aos Orishas.

O Babalawo (Pai que possui o segredo), é o sacerdote de maior importância dentro

do sistema em questão. Todos os procedimentos ritualísticos e iniciáticos dependem de sua orientação e nada pode escapar de seu controle. Para absoluta segurança e garantia de sua função o Babalawo dispõe de três formas distintas de acessar o Oráculo e, por intermédio delas, interpretar os desejos e determinações das Divindades e de outros Seres Espirituais. Estas diferentes formas são escolhidas pelo próprio Babalawo, de acordo com aimportância do evento a ser realizado, de sua gravidade e significado religioso. O jogo de búzios é considerado um oráculo de Ifá , que usa essas conchas como instrumentos divinos da comunicação espiritual , “falada”pelos deuses africanos e transmitidas aos homens pelos Babalaôs , Babalorixás e Yalorixás .

Ifá não é magia . É o transmissor , o sábio dos deuses . A sua arte é considerada esotérica com codificações da vida , do dia - a -dia .
Olorum criou os quatros elementos : a terra , a água , o fogo e o ar . Destes foram gerados os elementos , que geraram todas as coisas vivas sobre o planeta. Foram atribuídos a cada um destes elementos quatros Odus , ou seja , quatro signos interligados dos destinos :
TERRA : Odus Irosun , Egi Laxeborá , Ika Ori e Obará , representam o caminho da tranqüilidade à riqueza ; ÁGUA : Odus Egi Okô , Ossá , Egi Ologbo e Oxé , representam o caminho da dúvida ao triunfo ; AR : Odus Egi Onilé , Ofun , Obé Ogunda e Alafia , representam o caminho da indecisão até à paz ; FOGO : Odus Okaran , Odi , Owarin e Eta Ogundá , representam o caminho da insubordinação até à guerra .



O Jogo de Ikin ou o Grande Jogo.

Por sua importância e precisão o Jogo de Ikin é utilizado exclusivamente em

cerimônias de maior relevância e só pode ser acessado pelos Babalawo, sendo direito exclusivo desta casta sacerdotal.

Compõe-se de vinte e uma nozes de dendezeiro, que são manipuladas pelo

adivinho, de forma a proporcionarem o surgimento de figuras denominadas Odú,

portadoras de mensagem que devem ser codificadas e interpretadas para que sejam

corretamente transmitidas aos interessados.

Todo este procedimento é revestido de um verdadeiro ritual e cada figura surgida é

inscrita no tabuleiro, é saudada com cânticos e rezas específicos, que tem por finalidade

garantir sua fixação e proteção assim como ressaltar o respeito com que são tratadas.

Por sua complexidade, o Jogo de Ikin exigiria, para ser descrito integralmente, uma

obra composta de muitas e muitas páginas, como por exemplo o magnifico trabalho de Bernard Maupil, “La Geomancie a I’ancienne Cote des Eclaves”, que versa sobre o tema com excepcional propriedade.

Para melhor compreensão, apresentamos as representações indiciais dos 16

(dezesseis) Odú Meji ou figuras principais do sistema oracular, adotando para isto a ordem de chegada aceita pelos Babalawo nigerianos.


O JOGO DE OKPELE

O Jogo do Okpele obedece a mesma ritualistica exigida pelos Ikin, sendo como este,

exclusividade dos Babalawo. Trata-se no entanto de um processo mais rápido, já que um único lançamento do rosário divinatório proporciona o surgimento de duas figuras que combinadas formam um Odu.

O colar ou rosário aqui usado, é formado por uma corrente de qualquer metal, onde

são presas oito favas, conchas, ou quaisquer objetos de forma e tamanhos idênticos, que possuam um lado côncavo e outro convexo, que irão possibilitar de acordo com suas disposições em cada lançamento a “leitura” do Odu que se apresenta.

Existem correntes confeccionadas com pedaços de marfim, pedaços de osso, cascas de coco, etc., sendo que a preferência da maioria dos Babalawo, recai sobre um determinado tipo de semente natural da África Ocidental, conhecida como “fava de Okpele” que por sua forma, adapta-se perfeitamente as necessidades do rosário divinatório de Ifá.

As favas ou outros materiais utilizados para este fim, são presas pelas extremidades

a corrente, mantendo entre si uma distância sempre igual. com exceção das quartas e quintas favas, que guardam entre si, uma distância um pouco maior do que a que separa as demais, o que torna possível a sua manipulação por parte de advinhos.

Na hora do lançamento, a corrente é segura neste exato local pelos dedos indicador

e polegar da mão direita, suas pontas pendentes são batidas de leve sobre o solo, o que permite que suas favas se agitem livremente, balançadas algumas vezes e lançadas com as pontas voltadas pra o advinho.

Cada “perna” da corrente contendo quatro favas, apresenta uma figura

considerando-se as fechadas como um sinal duplo e as abertas como um sinal simples, que deverão ser transcritos para a superfície do tabuleiro Opon Ifá.

Todo o procedimento é idêntico ao do Jogo de Ikin, as figuras são inscritas no Opon,

saudadas interpretadas e decodificadas pelo Babalawo. As rezas e cânticos são os

mesmos, só o processo de apuração é diferente.


MERINDILOGUN - O JOGO DE BÚZIOS.


O Jogo de Búzios ou Merindilogun, tornou-se no Brasil, o sistema oracular mais

amplamente aceito e difundido. Raros são os indivíduos residentes em nossa terra que nunca tenha recorrido aos seus serviços quer seja por simples curiosidade, que seja por real necessidade.

A preferência do brasileiro por este sistema verifica-se, provavelmente pela

inexistência de Babalawo no Brasil, o que torna absolutamente impossível o acesso aos dois processos adivinhatórios anteriormente descritos, enquanto que os búzios podem ser jogados por qualquer um que seja iniciado no culto dos Orishás, independente de cargo, grau ou hierarquia.

É Eshú quem através dos búzios, intermedía a comunicação entre os homens e os

habitantes dos mundos espirituais, levando os pedidos e trazendo os conselhos e

orientações, os recados e as exigências.

Uma outra vantagem que o jogo de búzios apresenta sobre os outros sistemas

oraculares existentes em nossa terra é o fato de não somente diagnosticar o problema, como também apresentar a solução através de um procedimento mágico denominado ebó.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O PODER MÁGICO DAS VELAS:

As velas são representantes de um dos quatro elementos da natureza: o fogo, onde moram as salamandras.

A vela é símbolo místico de ligação com planos mais elevados do astral. Representa o elo entre a dimensão carnal e etérica, e cada cor tem vibrações e poderes distintos.


Ingrediente importante nos rituais de magia de várias religiões, faz com que consigamos nos iluminar, para que possamos pedir graças ao astral, lembrando que com sua sabedoria eterna Deus nos julga e dá a graça que fizemos por merecer ou o fardo que possamos carregar.

Acender uma vela apenas, não basta. Para que atinjamos nossos pedidos ou agradecimentos é preciso colocarmos nossa enewrgia na vela, imantá-la.

Quando imantada com essências especiais, a vela torna-se ainda mais poderosa.


Quando não imantamos a vela, devemos antes de acendê-la transmitir-lhe a nossa própria energia, rolando-a entre as mãos, para que possamos doar algo de nós, para que a magia fique completa.


RITUAL DE IMANTAÇÃO DAS VELAS


O ritual de imantação é realmente muito simples de fazer, e libera grande poder.
Para imantar a vela escolhida, você poderá usar um chumaço de algodão, porém o melhor é que você faça com as mãos, para que a sua energia também entre positivamente no ritual.
Esta mensagem fica gravada na vela e assim obtemos um melhor resultado em nossas magias.


Material
Velas nas cores desejadas
Essência no aroma desejado


Como fazer:


Para fazer a imantação, basta molhar os dedos indicador e polegar na essência e passá-los várias vezes na vela, enquanto mentaliza o seu desejo, pedindo a sua aceitação astral pelos espíritos ciganos.
Consideraremos que a base da vela é a parte inferior e a ponta o pavio é a parte superior. Assim o movimento de baixo para cima é feito da base para o pavio e o movimento de cima para baixo é o inverso.
De baixo para cima é o movimento que se faz quando queremos falar com o astral somente sobre coisas do astral.
Para falar de nossa dimensão carnal, de sociedades ou de problemas conjulgais, vamos imantar a vela primeiramente de baixo para cima até o meio, e depois de cima para baixo até o meio também.
Para falar de coisas materiais em geral (dinheiro, bens, etc ...), faremos primeiro o movimento de cima para baixo e depois de baixo para cima.
Depois disso você pode acender a vela e completar a magia.


AS CORES E SUAS VIBRAÇÕES


Escolha as cores das velas e de outros acessórios para a magia ( como fitas, lenços) de a cordo com o tipo de vibração que deseja atrair.
Se estiver em dúvida sobre a situação, utilize a cor branca, assim você nunca erra!
AMARELA
Significa energia solar, sucesso, fortunas espirituais e materiais, vitalidade e otimismo
AZUL
Poder mental, inspiração, devoção, mentalização e recebimento de mensagens astrais.
VIOLETA
Transmuta a negatividade, facilita ligação com os planos espirituais, dá autoconfiança e autoconhecimento. A cor do Graal
LARANJA
Alegria, energia positiva, felicidade e glória.
DOURADA
Contato com mestres astrais e anjos mensageiros.
MARROM
Dinheiro, bens materiais, prosperidade.
VERMELHA
Calor, paixão, sexo, alegria de viver, dinheiro e coragem.
ANIL
Clarividência, clariaudiência, paranormalidade e intuição.
VERDE-CLARO
Fartura, energia, crescimento material e serenidade.
VERDE-ESCURO
Esperança e fé.
ROSA
Amor incondicional. É calmante.
LILÁS
Espiritualidade, mediunidade e contato com seres astrais
PÚRPURA
Sucesso, prestígio, força realizadora.
PRATA
Abertura das portas do plano astral. Afasta as energias negativas.
BRANCA
Paz, espiritualidade, tranquilidade. É a cor que contém todas as vibrações.