Homenageado neste domingo (20/ 11), Zumbi dos Palmares é o mais conhecido símbolo da resistência negra à escravidão no Brasil.
Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário Português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos aprendeu português e latim e ajudava diariamente na celebração da missa.
Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.
O Quilombo dos Palmares, liderado por ele, foi criado por negros que fugiram de engenhos de açúcar da Zona da Mata nordestina por volta de 1600.
No local, atualmente está a cidade de União dos Palmares, em Alagoas.
A comunidade, que chegou a ter mais de 30 mil pessoas, não era formada apenas por negros, mas também por índios e brancos pobres. O grupo resistia às investidas militares de portugueses e holandeses que dominavam a região.
Em 1678, o governo de Pernambuco propôs anistia e liberdade aos quilombolas. Ganga Zumba - um dos líderes dos Palmares - concordou com a trégua.
Zumbi, no entanto, foi contra, afirmando que o regime de escravidão continuaria em alguns engenhos. Ele venceu a disputa e tornou-se líder do quilombo aos 25 anos.
Tropas paulistas foram arrasadas durante uma tentativa de ataque feita em 1692. O quilombo só foi sitiado e derrotado dois anos depois, quando os portugueses invadiram o local. Ferido no conflito, Zumbi fugiu. Nos meses seguintes, viveu na mata.
Localizado pelas tropas europeias em 1695, Zumbi foi preso, morto e esquartejado. Sua cabeça foi exposta publicamente em Olinda (PE). Historiadores afirmam que um dos motivos para expor a cabeça de Zumbi publicamente era derrubar o mito - que existia entre negros - de que seu líder era imortal.