sexta-feira, 27 de maio de 2011

FALANGES


Quando falamos em "falanges", muitos não entendem o termo ...Bem, quantos de nós já não tomou passe com uma entidade, perguntou seu nome, e quando a entidade responde achamos que já a conhecemos e informamos no mesmo instante: "ah já tomei passe com o Sr. ou Srª no terreiro tal, lembra-se?", e a entidade lhe responder: "Não me lembro..."
Então vem aquele "achar" que o médium esta mistificando, ou o terreiro não presta, etc. inumeros são os pensamentos negativos com relação a resposta de sua pergunta. Mas irei esclarecer isso agora:
Quando vamos consultar uma entidade/ força com a qual já tomamos passe em outro terreiro, achamos que estamos diante da mesma entidade/ força e para espanto de muitos pode ser que não.
Como assim? Na maioria das vezes estamos diante de um mesmo nome de Entidade, mas não da mesma Entidade/ Força do atendimento anterior.
Para que entendamos melhor vamos encarar o nome do guia como se fosse especialista profissional: Vamos dizer que uma "Caboclo 7 Flechas", por exemplo fosse um médico Clinico Geral. No nosso plano material, quantos Clinicos gerais existem? Inumeros certo? Por quantos clinicos já passamos em consultório e depois encontramos o mesmo medico em outro hospital? Rarissimas vezes eu acredito.
É dessa forma que acontece no processo espiritual. Quando vamos ao terreiro tomar passe com o Caboclo 7 Flechas e em visita a outro terreiro encontramos outro 7 Flechas, pode não ser o mesmo,isto explica em um mesmo terreiro mais de um médium ter a manifestação de uma mesma entidade.A partir daí podemos entender o que é falange. São entidades "usufruindo" de uma força que possui o seu poder firmado e assentado e que está chamando "vários profissionais" para trabalhar.Se não fosse desta forma, como teriamos os nossos cultos coletivos, onde inumeros mediuns incorporam o orixá ogum , ao mesmo tempo? Já pararam para analisar que na mesma hora em que ocorre o trabalho em seu terreiro, em outra cidade está acontecendo uma gira da mesma forma e que algumas entidades que estão trabalhando na sua casa, também estão trabalhando na outra?
Portanto não devemos pensar que existe somente um 7 Flechas, mas sim ter a consciencia de que é que sustenta o Reino, o Trono, a estrutura de 7 Flechas, mas são varios seus representantes. Este é o poder das Falanges.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ANATOMIA DE UM MÉDIUM


  • Os Exus são minhas pernas. Ajudando-me a caminhar rumo a evolução. Cada encruzilhada é um desafio.Posso trropeçar, posso até cair, mas nunca me desviar do caminho, pois são Eles que me conduzem...
  • Os Baianos são meus braços. Com sua força e resistencia me ajudando a suportar o peso das adversidades da vida. Nos momentos de luta, meus braços são implacáveis, nos momentos de paz são só carinhos...
  • O Caboclo é meu peito; meu coração. Com sua coragem nunca recuo de meus inimigos. Posso até sentir medo das mudanças, mas nunca desistir de meus objetivos...
  • O Preto -Velho é minha cabeça ; meu cérebro. Cmo sua sabedoriaentendo que as coisas da matéria são passageiras. Com sua paciência compreendo e respeito as diferenças de meu irmão, pois somos uma grande corrente universal, e ele depende de mim tanto quanto eu dependo dele. Com sua humildade me curvo á perfeição de Deus...
  • O Erê é minha alma. Com sua inocência e pureza atinjo a plenitude, pois "são delas o Reino dos Céus..."

quarta-feira, 18 de maio de 2011

OGUN, O TEMÍVEL GUERREIRO.


Orixá conquistador, Ogum fez-se respeitar em toda a África negra pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de Ogum.

Entre os muitos Estados conquistados por Ogum estava a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após matar o rei e substituí-lo pelo seu, próprio filho, regressando glorioso com o título de Oníìré, ou seja, Rei de Iré.

Não é por acaso, portanto, que nas orações dedicadas a Ogum o medo fica tão evidente e a piedade é um pedido constante, pois como diz uma das suas cantigas:


Ògún pá lélé pá Ògún pá ojaré Ògún pá, ejé pá Akoró ojaré.

Ogum mata com violência
Ogum mata com razão
Ogum mata e destrói completamente.


Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.

Ogum é um orixá importantíssimo em África e no Brasil. A sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.

Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.

Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.

Em todos os cantos da África negra Ogum é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogum é amado.

IRÊ, CIDADE DA ÁFRICA FUNDADA POR OGUN

A cidade de Irê, localizada no Estado de Ekiti, na Nigéria, (vizinho ao Estado de Osun e próximo ao Estado de Ogun) é considerada a morada de Ogum, ou, a cidade fundada por esse Orixá. Mas, segundo lenda, Ogum se apossou da cidade de Irê, matou o rei, e lá instalou seu próprio filho no trono e regressou, utilizando ele próprio, o título de Oníìré, "Rei de Irê".

Há versões de que a cidade de Saki, e não Irê, teria sido a morada de Ogum. Ou que o Orixá teria se estabelecido em Saki, antes mesmo de visitar Irê.
Isundurin e Iwoya, teriam sido cidades também fundadas por Ogun.

Fonte: Orisa Devotion - Jacob Obafẹmi

UM ESTADO COM O NOME OGUN, NA ÁFRICA

Localizado na região sudoeste da Nigéria, o estado de Ogun é tido como o portão de entrada do país no que diz respeito às áreas ligadas à educação, medicina, direito. Possui o maior número de universidades registradas na Nigéria (nove ao todo).

Ogun surgiu em fevereiro de 1976, desmembrado do velho estado do Oeste. Além de Abeokuta, capital do estado e importante centro mercantil e terminal de estradas e ferrovias provenientes da capital do país (Lagos) e outras partes do país, há em Ogun, outras cidades de destaque como Sagamu, Ijebu-Ode e Ilaro.
O estado nigeriano de Ogun está inteiramente nos trópicos. Faz limite com a República do Benin a oeste, com o estado nigeriano de Lagos e o Oceano Atlântico ao sul, com o estado nigeriano de Ondo a leste, e com os estados nigerianos de Oyo e Osun ao norte. Estimativas realizadas em 2003, apontavam uma população em torno de 3.400.000 habitantes para 2005.
A população tida como “indígena” pertence ao grupo étnico Yorubá, incluindo os Egba, Yewa, Awori, Egun, Ijebu e Remo. As principais línguas faladas no estado são Yorubá e Inglês. Alguns dos principais festivais tradicionais do estado são: Olumo, Ogun, Igunnuko, Osun e Orisa-Oko. Outros incluem Egungun, Obirin-Ojowu, Gelede, Oro e Sango.
As duas religiões dominantes na região são o Cristianismo e o Islamismo. As crenças tradicionais, culturais e religiosas (que incluem as de Orixá – tidas como indígenas), possuem uma forte influência da posição feminina na sociedade.

Fonte: Ogun State

ABEOKUTA, A CAPITAL DE OGUN



Abeokuta é a capital do estado de Ogun, sudoeste da Nigéria. Tem cerca de 751 mil habitantes. Foi fundada em 1830 como barreira contra a invasão de daomeanos vindos do território do atual Benin. Os seus habitantes adotaram a educação do tipo ocidental após a chegada de missionários europeus em 1847, e durante algum tempo a cidade foi a maior da África Ocidental.
A capital possui atualmente muitos artesãos tradicionais, tais como ferreiros, carpinteiros, oleiros e tintureiros, e importantes indústrias, como a exploração de pedreiras, os plásticos, o processamento de alimentos e a fabricação de cerveja. Entretanto, a maioria da população ainda trabalha na produção do cacau e óleo de palma, utilizado nas margarinas e gorduras alimentares.


Fonte: retirada do jornal A gAXÉta.