HISTÓRIA
Eis aqui, como exemplo, o nome de alguns Pretos-Velhos:
Pai Cambinda (ou Cambina), Pai Roberto, Pai Cipriano, Pai João ,Pai Congo, Pai José D’Angola, Pai Benguela, Pai Jerônimo, Pai Francisco, Pai Guiné, Pai Joaquim, Pai Antônio, Pai Serafim, Pai Firmino D’Angola, Pai Serapião, Pai Serapião, Pai Fabrício das Almas, Pai Benedito D´Angola, Pai Julião, Pai Jobim, Pai Jobá, Pai Jacó, Pai Caetano, Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Malaquias, Pai Dindó, Vovó Maria Conga, Vovó Manuela, Vovó Chica, Vovó Cambinda (ou Chica, Vovó Cambinda (ou Cambinda (ou Cambina), Vovó Ana, Vovó Maria Vovó Maria Maria Redonda, Vovó Catarina, Vovó Luiza, Vovó Rita, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Quitéria, Quitéria, Quitéria, Vovó Mariana, Vovó Maria da Serra, Vovó Maria de Serra, Vovó Maria de Minas, Vovó Rosa da Bahia, Vovó Maria do Rosário, Rosário, Rosário," Vovó Benedita D´Aruanda." ( em negrito, avós de nossa Tenda)
As grandes metrópoles do
período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações
africanas, fazendo fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou
alma. Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas
principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de
casa na Inglaterra e França. Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas
técnicas para poder arrematar os negros: Chegavam de assalto e prendiam os mais
jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no
Centro-oeste, Nordeste e Sul da África. Trocavam por mercadoria: espelhos,
facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras
tribais ou corrompiam os chefes da tribo financiando as guerras e fazendo dos
vencidos escravos. No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador,
nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.XVIII. Os
primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos;
sudaneses; iorubás; geges; hauçá; minas e minas e malês.
A valorização do
tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro; em quatro
séculos, do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75
milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte selecionada da população.
Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens
e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar.
Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez
anos! Em troca de seu trabalho os negros recebiam três “pês”: Pau,
Pano e Pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução,
assassinando feitores, capitães-do-mato e proprietários.
Em seus cultos, os
escravos resistiam, resistiam, simbolicamente, à dominação. A “macumba” era, e
ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão.
A
resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos,
onde os negros tentaram tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores
quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu
guerreiro Zumbi (protegido de Ogum).
Os negros que se adaptavam mais facilmente
à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores,
caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos
domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do
Sexagenário, do Ventre livre e, enfim, pela Lei Áurea.
A Legião de espíritos
chamados “Pretos-Velhos” foi formada no Brasil, devido a esse torpe comércio do
tráfico de escravos arrebanhados da África. Estes negros aos poucos conseguiram
envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da
língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de
referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África.
Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua
religião. Idosos mesmo, poucos vieram, já que os escravagistas preferiam os
jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho braçal como às
exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o compêndio no qual os
incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria milenar de seus
ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas, plantas, raízes,
enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza. Mesmo contando com
a religião, suas cerimônias, cânticos, esses moços logicamente não poderiam
resistir à à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal,
como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece. Não podendo
mais trabalhar duro de sol a sol, constituíram-se a nata da sociedade negra
subjugada. Contudo, o peso dos anos é implacavelmente destruidor, como sempre
acontece: a morte.
Mas eles voltaram. A sua missão não
estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual.
Muitos ainda, usando seu linguajar linguajar característico, praticando os
sagrados rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se
em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência
(linhagem), costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intrínseca
da civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.
Formação da Falange dos
Pretos-Velhos na Umbanda
Depois de mortos, passaram a
surgir em lugares adequados, principalmente para se manifestarem. Ao se
incorporarem, trazem os Pretos-Velhos os sinais característicos das tribos a
que pertenciam. Os Pretos-velhos são nossos Guias ou Protetores, mas no
Candomblé, são considerados Eguns (almas desencarnadas), e e decorrente disso,
só têm fio de conta (Guia) na Umbanda. Usam branco ou preto e?branco. Essas
cores são usadas porque, sendo os Pretos-Velhos almas de escravos, lembram que
eles só podiam andar de branco ou xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos
também a Guia de lágrima de Nossa Senhora, semente cinza com uma palha dentro.
Essa Guia vem dos tempos dos cativeiros, porque era o material mais fácil de se
encontrar na época dos escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os
lugares. O dia em que a Umbanda homenageia os Pretos-Velhos é 13 de maio, que é
a data em que foi assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos).
O NOMES DOS PRETOS-VELHOS
Há muita controvérsia sobre o
fato de o nome do Preto-Velho ser uma miscelânea de palavras portuguesas e
africanas. Voltemos ao passado, na época que cognominamos “A Idade das Trevas”
no Brasil, dos feitores e senhores, senzalas e quilombos, sendo os senhores
feudais brasileiros católicos ferrenhos (devido à influência portuguesa) não
permitiam a seus escravos a liberdade de culto. Eram obrigados a aprender e
praticar os dogmas religiosos dos amos. Porém eles seguiram a velha norma:
contra a força não há resistência, só a inteligência vence. Faziam seus
rituais às ocultas, deixando que os déspotas em miniatura acreditassem estar
eles doutrinados para o catolicismo, cujas cerimônias assistiam forçados. As
crianças escravas recém-nascidas, na época, eram batizadas duas vezes.
A
primeira, ocultamente, na nação a que que pertenciam seus pais, recebendo o
nome de acordo com a seita. A segunda vez, na pia batismal católica, sendo esta
obrigatória e nela a criança recebia o primeiro nome dado pelo seu senhor,
sendo o sobrenome composto de cognome ganho pela Fazenda onde nascera
(Ex.: Antônio da Coroa Grande), ou então da região africana de onde vieram
(Ex.: Joaquim D’Angola). D’Angola). O termo “Velho”, “Vovô” e “Vovó” é para
sinalizar sua experiência, pois quando pensamos em alguém mais velho, como um
um vovô ou uma vovó subentendemos que essa pessoa já tenha vivido mais tempo,
adquirindo assim sabedoria, paciência, compreensão.
É baseado nesses fatores
que as pessoas mais velhas aconselham. No mundo espiritual é bastante
semelhante, a grande característica dessa linha é o conselho.? É devido a esse
fator que carinhosamente dizemos que são os “Psicólogos da Umbanda”.
Eis aqui, como exemplo, o nome de alguns Pretos-Velhos:
Pai Cambinda (ou Cambina), Pai Roberto, Pai Cipriano, Pai João ,Pai Congo, Pai José D’Angola, Pai Benguela, Pai Jerônimo, Pai Francisco, Pai Guiné, Pai Joaquim, Pai Antônio, Pai Serafim, Pai Firmino D’Angola, Pai Serapião, Pai Serapião, Pai Fabrício das Almas, Pai Benedito D´Angola, Pai Julião, Pai Jobim, Pai Jobá, Pai Jacó, Pai Caetano, Pai Tomaz, Pai Tomé, Pai Malaquias, Pai Dindó, Vovó Maria Conga, Vovó Manuela, Vovó Chica, Vovó Cambinda (ou Chica, Vovó Cambinda (ou Cambinda (ou Cambina), Vovó Ana, Vovó Maria Vovó Maria Maria Redonda, Vovó Catarina, Vovó Luiza, Vovó Rita, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Gabriela, Vovó Quitéria, Gabriela, Vovó Quitéria, Vovó Quitéria, Quitéria, Quitéria, Vovó Mariana, Vovó Maria da Serra, Vovó Maria de Serra, Vovó Maria de Minas, Vovó Rosa da Bahia, Vovó Maria do Rosário, Rosário, Rosário," Vovó Benedita D´Aruanda." ( em negrito, avós de nossa Tenda)
Obs: Normalmente os Pretos-Velhos tratados por Vovô ou
Vovó são mais velhos do que aqueles tratados por Pai, Mãe, Tio ou Tio ou Tia).
Adorei as almas!!!!
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