sexta-feira, 7 de outubro de 2011

OGUM NÃO É SÃO JORGE...

Os negros ao desembarcarem da África aqui no Brasil, trouxeram em seus corações e mentes o amor pelos seus Deuses que sem dúvida alguma foi considerado pelos "senhores" deuses pagãos.
O ideal de liberdade é inerente à própria condição do ser humano. Mesmo o mais vil dos assassinos sonha com a liberdade. O que se dizer então do homem que nascendo livre nas savanas africanas e reduzido à humilíssima condição de escravo, sem nada ter feito para merecer esse castigo. Assim, em seus sonhos de liberdade, o negro africano via em OGUM, o
Orixá da guerra, a força que necessitava para conseguir sua liberdade.

Um dia o negro empunharia a lança e a espada de OGUM, mataria os brancos, vingando amigos e parentes mortos por estes e tomaria de uma de suas grandes canoas (caravelas) e voltaria à sua terra natal.
Diante do exposto, cultuar OGUM era, para o negro africano, vital. Era ele quem os ajudaria na batalha, lhe daria forças e quem sabe lhe emprestasse a coragem de que tanto necessitava.
A figura de SÃO JORGE nos mostra um homem todo coberto com uma armadura de aço, ferindo com uma lança, o dragão, símbolo do mal. O OGUM que o negro conhecia e que era o Orixá do ferro era um Orixá guerreiro. Quando o branco lhe impunha a imagem de SÃO JORGE dizendo-lhe que esquecesse o Orixá guerreiro, o negro continuava humildemente cultuando OGUM “disfarçado” na imagem do Santo Católico.

OGUM

Divingade masculina iorubá. Ogum é o arquétipo do guerreiro. A relação de Ogum com os militares ( é considerado o protetor de todos os guerreiros) comandante supremo iorubá.
Ogum é a dinvidade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. è, por extensão o Orixá que cuida dos ocnhecimentos praticos, sendo patrono da tecnologia, e tal contexto continua válido para nós, pois a maior parte das enovações tecnologicas vem das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civíl, como aviões e computadores.

SÃO JORGE

Nascido na antiga Capadócia, região atualmente pertence á Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai.Lá foi promovido a capitão do exercito romano e, aos 23 anos, passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altes funções. Por essa época, o imperador Dioclecioano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia em que o senado confirmara o decreto imperial, Jorge levantou-se e afirmou que era cristão .

Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra o mal terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.


Nenhum comentário: