domingo, 19 de junho de 2011

A UMBANDA

Surgiu no Rio de Janeiro prescisamente em Niteroi na decada de 1920 durante uma sessão de mesa branca na casa do Sr. Zélio Morais. ela acaba de fazer 98 anos de oficialização.
Se é preciso que eu tenha um nome digam que sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois não haverá caminhos fechados para mim. Venho trazer a Umbanda, religião que harmonizará as famílias e que perdurará até o final dos séculos ...
Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade.
"Nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos os que souberem menos e a nenhum viraremos as costas ou dire­mos não!. Com estas palavras, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, incorporado em seu médium Zélio Fernandino de Moraes, que na época contava com 17 anos, fundou a religião de Umbanda, tendo se manifestado dentro da recém fundada Federação Espírita de Niterói, no dia 15 de Novembro de 1908.
No dia seguinte, na casa da Família Moraes, o Caboclo se manifesta fundando ali a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque assim como Nossa Senhora acolheu Jesus em seus braços, a Umbanda haveria de acolher os filhos seus. No mesmo dia se apresentou Pai Antônio e juntos, o Caboclo e o Preto Velho, marcaram as duas principais linhas a se manifestar na Umbanda.
Logo viriam as Crianças, a Linha de Ogum, os Exus sob doutrina e outros que se mesclam nestas linhas que trabalham juntas na Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.
A influência kardecista na tenda seria grande, contando inclusive com uma mesa branca para os trabalhos de desobsessão.

Zélio de Moraes dedicou todos os dias de sua vida à Umbanda até o ano de 1975, quando se deu o seu desencarne. Foram inúmeros casos de orientação espiritual, desobsessões e curas que vão das mais simples até as milagrosas.

Durante os seus 67 anos de trabalho voltado para a Umbanda, Zélio fundou dezenas de Tendas e ajudou a fundar centenas delas. Das tendas fundadas por ele, que se mantinham sob seu comando indireto, continua ativa ainda a Tenda Espírita São Jorge, sob o comando do Sr. Pedro Miranda, também presidente da União Espírita de Umbanda do Brasil, que já se chamou Federação Espírita de Umbanda do Brasil, a primeira Federação da religião fundada em 1939 por orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Zélio de Moraes era homem de um coração e bondade que pouco se vê, comparado apenas aos grandes Mestres Iluminados que já passaram por esta Terra.
Muito se fala sobre a origem da palavra Umbanda, podemos citar aqui pelo menos três prováveis origens:
Pode ter vindo do kimbundo, língua falada em Angola, onde significa a arte de cura ou a prática espiritual do Sacerdote-Xamã Kimbanda.
Alguns acreditam que a palavra teria vindo do sânscrito Aum­bhandã, traduzido por Conjunto das Leis de Deus. Há ainda uma teoria mais popular e até simpática para o significado da palavra onde o Um é Deus e a Banda somos nós, logo Umbanda seria nós e Deus, ou a Banda do Um.
Podemos dizer ainda que Caboclo e Preto-Velho já incorporavam em outras práticas e rituais como nos Catimbós, Encantarias, Tambor de Mina, Cabula, nas Macumbas Cariocas e outros, no entanto não caracterizava um ritual de Umbanda como define pai Ronaldo Linares: "Umbanda é uma religião espírita, ritmada, ritualizada, de origem euro-afro-brasileira".
Esta é a Umbanda e da forma como está estabelecida ou, da forma como a reconhecemos, ela nasce com o ritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois o que define sua origem não é a data nem a origem do nome Umbanda, muito menos o fato de caboclos ou pretos velhos incorporarem em outros locais, o que define sua origem é o ponto de partida onde surgiu o ritual que chamamos e identificamos como Umbanda.
Zélio deixou um legado para seus descendentes: A mais antiga tenda de Umbanda existe e funciona até os dias de hoje na Travessa Zélio de Moraes em Boca do Mato, no município de Cachoeiras de Macacu, onde funciona também a Cabana de Pai Antônio.
À frente dos trabalhos hoje está a neta carnal de Zélio de Moraes a Sra. Lygia Cunha. Mãe Zilméia de Moraes Cunha (Mãe carnal de Lygia) se encontra na flor dos seus 93 anos de idade com uma lucidez de impressionar qualquer pessoa.
Mãe Zilméia é uma senhora de uma grande simpatia e muita simplicidade no modo de viver. A forma como expressa seus sentimentos a caracterizam como a pessoa mais amorosa que este simples escrevente teve o prazer de conhecer.
Pai Antônio sempre a chamou de carneirinho, por suas madeixas douradas e seu jeito doce de lidar com as pessoas. Mãe Zilméia se emociona ao lembrar de tantos anos ao lado de seu Pai na lida espiritual e sempre que relata alguns dos casos e histórias que envolvem sua vida espiritual costuma dizer:
"Não me arrependo de nada, faria tudo outra vez;" "Nasci para ser espírita!", "Papai sempre dizia..."
Não há quem não se sinta ao lado de uma Mãe ou de uma Avó muito querida, quando tem a oportunidade de trocar algumas palavras com esta querida, de todos nós mãe, Zilméia, fi­lha carnal de Zélio de Moraes.
Queremos dizer a Mãe Zilméia que nós a Amamos muito e esperamos o momento de nos encontrarmos outra vez.
A Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade está se preparando para fazer uma reforma em sua estrutura física. O Colégio de Umbanda Sagrada Pena Branca em conjunto com o Jornal de Umbanda Sagrada, está criando um "livro de ouro" para o recebimento de doações.
O livro, que tem por objetivo assegurar a transparência na arrecadação e no envio das doações a seu destino final, registrará o nome e o valor que cada irmão vier a doar para a reforma deste patrimônio histórico vivo da nossa reliião, e será entregue juntamente com o montante de doações diretamente à Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.O que é a umbanda?
A mitologia umbandista tem um claro sentido hierarquizante. As entidades religiosas distribuem-se por sete "Linhas", comandadas por santo católico. As linhas subdividem-se em "Falanges" e "Legiões", pelas quais distribuem-se espíritos desencarnados em vários estágios de evolução. O altar principal, chamado "Congá", costuma ser enfeitado com uma grande quantidade de imagens e objetos, ilustrando a complexidade do panteon umbandista. Estes altares podem ter imagens de Cristo, o Guia do Terreiro, Nossa Senhora, santos como São Lázaro, São Jorge, Cosme e Damião, orixás, pretos velhos, caboclos, velas, colares, flores e por vezes ícones cívicos, como a bandeira nacional. A Umbanda surgiu no entre guerras, momento de forte afirmação do Estado nacional, e se assume como religião patriótica.
O culto é feito numa "Gira", composta de música e dança sagradas. Os atabaques marcam o ritmo, os médiuns cantam o "ponto" sob a liderança da Mãe ou Pai de Santo, dançam em roda, e recebem os guias espirituais, funcionando como seus "cavalos" ou "aparelhos". Além de se expressarem dançando a sua energia vital, como ocorre no Candomblé, os guias da Umbanda se apresentam para dar conselhos aos fiéis que se aproximam. Orientam os fiéis e purificam-nos através de "passes", protegendo-os dos ataques místicos de que são vítimas. A Mãe e algumas filhas de santo mais desenvolvidas costumam receber fiéis para consultas, o que fazem incorporadas pelos seus guias. Os terreiros de Umbanda tornam-se, assim, centros de avaliação e de resolução de uma infinidade de pequenos conflitos que afligem as pessoas em seu cotidiano. São especialistas na identificação das causas dos infortúnios, profundos conhecedores da psicologia social local. Ajudam a conformá-la, inclusive, emprestando-lhe um sentido maior. As competições cotidianas, cujos resultados desiguais semeiam a inveja e o ressentimento, resultam na produção de feitiços, ou mesmo na simples geração de negatividades que fazem mal. O povo da Umbanda (dir-se-ia o povo brasileiro, em larga escala) leva a sério o "mau olhado". Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às diversas ramificações existentes), os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral superior, ARUANDA,que na Terra representam às forças da natureza (muitas vezes confunde-se a força da natureza com o próprio Orixá):
Oxum as águas doces;
Iemanjá as águas salgadas;
Iansã os ventos, chuvas fortes, os relâmpagos;
Xangô a força do trovão e o fogo provocado pelos relâmpagos etc. A cada Orixá está associada uma personalidade e um comportamento diante do mundo e com seus filhos, os quais são seus protegidos e uma parte das emanações do Orixá presentes no Orí ou Camatuê (Camatua) desses filhos.Orixá, dentro do culto Umbandista (de uma maneira geral) não são incorporados (não se incorpora o fogo de Xangô, os ventos de Iansã, as águas doces de Oxum ...).O que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc., são os Falangeiros dos Orixás (ou também conhecidos como encantados); ou seja, espíritos (não re-encarnacionais) de grande luz espiritual que vêm trabalhar sob as Ordens de um determinado Orixá.Os Falangeiros são os representantes dos Orixás, e, em muitos casos, confundindos com os próprios Orixás, pois sua força é a emanação pura do Orixá (ou como alguns dizem: são a vibração virginal dos Orixás). Sendo assim, eles podem incorporar nos médiuns, em seus "cavalos" e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá. Porém, são frágeis (o médium pode perder sua sintonia muito facilmente) e exigem muito dos médiuns não podendo permanecer por muito tempo em Terra. Podemos utilizar como exemplos de Falangeiros.


T. RETIRADO DO SITE
bàba erick de osala

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