quarta-feira, 24 de março de 2010
OBRIGADA PELA PRESENCA DE TODOS
Homenagem ao Braço Esquerdo do criador
Tenda de Umbanda Caboclo Sete Flechas e Baiana Zeferina.
Rua Leonor F> dos Santos- 33- Raposo Tavares
23/03/2010 – as 20h00minhs.
“Sem Exu, não se faz nada!”
“Exu e Pomba Gira são indispensáveis um para o outro.”
Queridos amigos, agradecemos a todos que participaram da nossa pequena homenagem , com o intuito de Agradecer os nossos Protetores da Esquerda pela força e vitalidade, que nos ajudam , nos mantém equilibrados , protegidos e amparados diante dos obstáculos, colocados em nossas vidas pela maldade alheia.
Aos Guardiões dos Caminhos, Soldados dos Pretos Velhos e Caboclos, Emissários entre os Homens e os Orixás, lutadores contra o mau, o mais Humano dos mistérios, executores da Lei e da Justiça Divina, desatadores de nós dos laços que amarram nossos caminhos, os nossos respeitos!
As Senhoras do Amor, agentes esgotadoras do negativismo, por meio do seu fator vontade, estimulam os mistérios dos orixás: amor, conhecimento, religiosidade, geração, equilíbrio, ordem e evolução, os nossos respeitos!
Agradecemos vossa presença, Salve a Vossa Banda!
POMBAS GIRAS- RAINHAS DA NOITE.
As Pombagiras são seres do mundo astral, guerreiras tanto quanto Exú, que estão bem próximas da nossa esfera humana, algumas já reencarnaram e outras não. Convivo de perto com Dama da Noite, Sete Saias e Maria Padilha. Tive oportunidade durante os anos de vê-la, assim como às outras que pertencem a várias médiuns do terreiro, realizarem inúmeros trabalhos:Ajudar a vencer obstáculos, a ser feliz no amor, vencer problemas de saúde de desarmonia conjugal, e muitas outros problemas que as pessoas têm e sobre os quais lhe pedem auxílio.
EXUS DO TEMPLO- MARABÔ E TRANCA RUAS
Exú Marabô esta na hierarquia cabalística 3°(Terceiro) comandado de Exú Asgataroth. É reconhecido como o Senhor da 7 Cabaças e do Dendê. É determinado a esse Exu, a fiscalização do plano físico, distribuindo ordens aos seus comandados. Apresenta-se como um autêntico cavalheiro, apreciando bebidas finas e os melhores charutos. Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema e possui um porte ereto e elegante. Seu poder esta nas Encruzilhadas e também no Tempo comandando o povo do Trilho, alem de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico e seu ponto universal nas casas de Umbanda, nos quais ele predomina, tem como curiador todas as bebidas destiladas. Recebe também oferendas de pade (Farofas) de Pinga e Dendê, ejé, Pimenta e etc...
Ao realizar seus trabalhos se transforma num Grande e Poderoso Bruxo ,imantando e evocando não à problemas que ele não possa solucionar.
Sr. Tranca Ruas é o Guardião dos Caminhos, companheiro dos Pretos Velhos, Caboclos, aparador entre os homens e os Orixás, lutador incansável, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado. Senhor da escuridão , regendo seus domínios e os caminhos por onde percorre a humanidade.
Senhor do mundo espiritual onde está sua origem e sua morada. Senhor dos caminhos, orixá mensageiro e vencedor de demandas.Sr. Tranca Ruas tem o poder de fechar e abrir os caminhos para o ser humano e também de ter as almas perdidas sem luz como escravos para prestar-lhe reverencias e fazer o que ele ordenar. Este é um dos motivos pelo qual ele foi enviado aqui no plano físico, para pegar as almas perdidas e formar uma hierarquia para que todas as almas perdidas fossem transformadas em seu exército, e desta forma encontrem o caminho novamente para a luz através dele mesmo, podendo assim vigiar, receber as oferendas que são depositadas nas ruas de qualquer cidade aonde Exu Tranca Ruas tem o poder absoluto (Dono da Rua).
EXUS NÃO SÃO DEMONIOS. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio e Absoluto, “DEUS”.
Senhor do mundo espiritual onde está sua origem e sua morada. Senhor dos caminhos, orixá mensageiro e vencedor de demandas.Sr. Tranca Ruas tem o poder de fechar e abrir os caminhos para o ser humano e também de ter as almas perdidas sem luz como escravos para prestar-lhe reverencias e fazer o que ele ordenar. Este é um dos motivos pelo qual ele foi enviado aqui no plano físico, para pegar as almas perdidas e formar uma hierarquia para que todas as almas perdidas fossem transformadas em seu exército, e desta forma encontrem o caminho novamente para a luz através dele mesmo, podendo assim vigiar, receber as oferendas que são depositadas nas ruas de qualquer cidade aonde Exu Tranca Ruas tem o poder absoluto (Dono da Rua).
EXUS NÃO SÃO DEMONIOS. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio e Absoluto, “DEUS”.
EXUS NA UMBANDA, NÃO SÃO DEMÔNIOS!
Trabalho de exus e pombagiras
Subordinados às energias superiores, são compromissados com as leis divinas e estagiam em graus médios da espiritualidade, praticando o bem, caminhando na luz em busca de sua própria evolução. Trilham no astral inferior apenas para combater o mal: desfazem feitiços, trabalhos de magia negra em pessoas e ambientes; resgatam os espíritos malígnos e obsessores, responsáveis por separações de casais; vícios de bebidas e drogas; embaraços nos negócios; perturbações; discussões em família e uma infinidade de malefícios... Encaminham estes espíritos a um guardião-chefe, onde passam por uma triagem e, após se redimirem de seus erros, são batizados e preparados para cumprir sua missão, juntamente com o Exu que lhes resgatou.
Esses Exus, no cumprimento de suas missões, evoluem: são coroados e recebem, por mérito de seu sacrifício, a condição de progredirem como elementos da linha positiva. É comum ouvir dizer que sem Exu não se faz nada. Isso se dá pelo fato destas entidades estarem frente aos combates espirituais, prestando defesa e proteção, e não porque são vingadores, ou forças do mal, como a maior parte das lendas nos leva a pensar.
Esses Exus, no cumprimento de suas missões, evoluem: são coroados e recebem, por mérito de seu sacrifício, a condição de progredirem como elementos da linha positiva. É comum ouvir dizer que sem Exu não se faz nada. Isso se dá pelo fato destas entidades estarem frente aos combates espirituais, prestando defesa e proteção, e não porque são vingadores, ou forças do mal, como a maior parte das lendas nos leva a pensar.
QUERIDOS MÉDIUNS!
Os médiuns da Umbanda, são os mesmos médiuns que trabalham em qualquer linha ligada ao Espiritismo, não havendo nenhuma diferenciação, apenas, o que normalmente ocorre é que os médiuns que trabalham na Umbanda são os de Incorporação, principalmente, já que no rito da Umbanda todo o trabalho é feito por uma entidade, não pelo médium. O médium apenas, cede seu corpo e faculdades, para a manifestação dos Guias. Os demais tipos de mediunidade ( Vidência, Auditiva, Premonitiva ), são aceitas mas sua manifestação não é tanta, já que quem procura um terreiro vem buscar nas entidades que ali estão trabalhando, as soluções de suas agruras.
Um médium de Umbanda é preparado, tanto pelos Guias, como pelo Pai de Santo. Esse, por si tem uma responsabilidade maior, saber frear os desejos terrenos dos seus filhos, pois esses desejos tendem a prejudicar o desenvolvimento do médium.
Alguns terreiros, fazem para seus participantes "Giras" próprias para desenvolvimento. Nessas giras, são passados os conhecimentos necessários. Em alguns terreiros, essas giras são feitas somente para os médiuns da corrente, não sendo permitido a presença de plateia. Uma das razões disso prende-se ao fato da liberdade do Pai de Santo de falar com esses filhos, em desenvolvimento, sem constrange-los. Alguns na ânsia de desejo, acabam confundindo um incorporação verdadeira, com a vontade de estar incorporado. O Pai de Santo, tem por obrigação, guiar esses filhos, no caminho certo, parar as "tremedeiras" e "Chacoalhos", e faze-lo entender a diferença entre vibração e incorporação. Muitos não aceitam, mas o primeiro passo para um bom desenvolvimento é saber reconhecer as diferenças.
Os médiuns em desenvolvimento, tem uma maior facilidade de receber entidades, como popularmente falam, de Esquerda, ou como eu prefiro falar, da Linha de Exús ou, dos Povos (Baiano, Boiadeiro, etc.), o motivo de tal é o foco vibracional gerado tanto pelo médium, como por essas entidades. Não é raro, achar um médium em desenvolvimento que já receba um Exu e esse fale, ande, se manifeste como se a muito esse médium o recebesse e ainda não ter se manifestado nenhuma entidade de outra linha.
Fatores que facilitam o desenvolvimento e a incorporação de um médium são o preparo do ambiente para o trabalho de desenvolvimento. Podemos citar, para exemplificar que o Som dos Atabaques, a "Gira" favorecem o desenvolvimento porque fazem o desligamento do pensamento do médiumem desenvolvimento.
Existem alguns tipos de incorporação, e citaremos os mais falados :
Inconsciente : É quando o médium entra em uma espécie de transe, como se estivesse dormindo. Enquanto ele se encontra nesse estado, o Guia incorpora agindo através do corpo do médium, podemos dizer que se tornaria dono das atitudes e dos sentidos. ( Essa incorporação é rara, por assim dizer, muitos médiuns falam ser inconsciente apenas para não gerar duvidas e conflitos)
Semiconsciente : Nesse caso a existe uma consciência por parte do médium, mas mesmo com essa consciência, não há o domínio das faculdades físicas, sendo essas coordenadas pelo Guia.
Consciente : Essa é a mais comum e a de maior responsabilidade. Médiuns temem dizer que são conscientes, achando que por causa desse tipo de incorporação estariam em um estágio mais baixo, por assim dizer. Ledo engano, da parte desses. Se lhe é permitido ser consciente é que existe uma grande confiança entre o Guia e seu Médium. O Médium consciente tem o poder de omitir, alterar, acrescentar, o que lhe é dito por seu guia, se esse médium não tiver o discernimento necessário o trabalho não será feito a contento. Esse tipo de incorporação é também uma espécie de prova para o médium.
Não ouve um Pai de Santo, que não tenha sido médium antes, e isso aguça a vontade de muitos filhos de santo de se tornarem em um futuro bem mais próximo do que deveria, um Pai de Santo.
A responsabilidade de um Pai de Santo, não pode ser medida pelo tempo que ele convive na Umbanda, pesa muito o discernimento dele com relação aos demais filhos de santo e para com aqueles que irão procurar sua ajuda. Muitos gostam da pompa e do titulo, e esquecem que existe muito mais coisas do que isso. Esquecem que eles serão mentores de outros médiuns e não tendo o conhecimento necessário podem atrapalhar o desenvolvimento desses que o seguem.
É comum ver abrir, e fechar, rapidamente terreiros de Umbanda, a falta de preparo é o ponto principal desse fato. Também é fácil achar pessoas que fazem trabalhos em casa, mas, até onde o estão fazendo corretamente??? Muitas não sabem. Existem seguidores que acham que para ser um Pai de Santo é necessário o Rito de Deitada, Raspagem, etc., mas, a realidade é outra, quem determina que um médium está preparado ou não para dar mais um passo na sua evolução são seus Guias. Eles devem demonstrar que o médium alem de estar preparado é sabedor da responsabilidade que estará por assumir. Muitas coisas lhe são ensinadas no retiro da Camarinha, mas muito mais lhe é ensinado nos seus trabalhos e por suas entidades. A confiança no Pai de Santo é um fator que será de grande peso. As vezes o médium acha-se no direito de fazer a deitada, mas como o Pai de Santo não quer fazer, a vaidade é mais forte e procura-se um outro que o fará. Quando ha uma negativa por parte de um Pai de Santo é que esse não acha que o momento é propicio, seja pelo médium ou por ele próprio não estar preparado para tal. Quantos casos que eu conheço que a vaidade é tanta, que um filho deitado, suposto Pai de Santo, ao sair da Camarinha já se acha pronto para fazer outro filho de Santo. Nem ele e nem o que ele fez terão o preparo necessário para dar sequência ao trabalho.
Por causa de alguns médiuns é que a Umbanda não é, muitas vezes, levada a sério. Existe muita mistificação e falta de preparo.
Achar que se está fazendo as coisas corretamente jogando as responsabilidades para os mentores Espirituais é comum acontecer.
Os erros mais comuns, cometidos por médiuns são:
- Não aceitarem que são médiuns conscientes, preferem mentir para si e para outros, dizendo serem inconscientes. Existe uma falta de confiança gerada em relação para o médium Consciente.
- Deixar a vaidade tomar conta. Quem fez algo foi o Guia, o médium apenas emprestou, por assim dizer, seu corpo para que o Guia se manifestasse. Achar que seu Guia é mais "formoso" que o outro porque o Cocar ou a Capa que você deu para ele é mais bonita, porque a cada 10 filhos que vem no terreiro cinco querem falar com a sua entidade. Que ele se manifesta, dança mais que os outros é estar deixando a vaidade tomar a frente e esquece que a humildade é passada como ensinamento pelos seus próprios Orixás.
- Pela entidades fortes, que trabalham em sincronia achar que se está preparado para abrir seu próprio terreiro e transmitir ensinamentos. Quando for a hora certa, seus próprios guias indicarão o caminho. Não deixe a sua vontade tomar a frente da vontade dos Orixás.
- Trabalhar com apenas algumas entidades, pois elas se sobressaem das outras.
MEDIUNIDADE
Falar de mediunidade, tentar colocar em palavras o que seria esse termo, não é uma tarefa fácil. Existem conceitos que nos são passados sobre mediunidade, tipos de mediunidades, graus, etc. e, também que todas as pessoas tem o dom mediunico dentro de si, em escala e tipo de manifestação diferenciado.
Quando se fala que uma pessoa é médium a primeira correlação que vem a mente é a Incorporação, também essa é a forma mais comum de mediunidade. Apesar da existência da Mediunidade de vidência, auditiva e intuitiva e outras classificações, quando se quer classificar um médium na umbanda, é normal classifica-lo se o mesmo for um médium de incorporação.
Dizer que é um dom a Mediunidade é uma verdade, mas o que se deve também dizer é que é uma provação muito grande, um teste por assim dizer, que se pede quando se reencarna.
Pelos meus anos dentro da Umbanda, eu pude perceber, aprender e aceitar, que nem sempre um médium seja ele de qual classificação, está em um grau de evolução superior a um médium que não se manifestou a mediunidade.
Oxalá, nosso Pai Maior, presenteia muitas vezes com o dom da mediunidade aquele espirito que reencarna para cumprir uma provação e evoluir mais espiritualmente. Fazer uso desse dom de forma correta e coerente é um dos principais passos a ser dado no degrau de evolução.
Muitos frequentadores de tendas de Umbanda, querem por que querem, poder incorporar, ter seu guia, trabalhar, e se frustram quando o mesmo não ocorre. A não manifestação por vezes é a demonstração que esse espirito que hoje habita o plano físico já cumpriu determinada provação.
A principal provação que passa um médium é assumir a responsabilidade por esse dom e fazer uso dele da forma que seu livre arbítrio assim o quiser. Quando se fala que o mal uso da mediunidade pode ser punida com a perda da mesma é uma verdade, você pode ter esse seu dom suprimido, e é quase certo que em uma próxima encarnação passará pela mesma provação. Francisco Cândido Xavier, um dos médiuns mais responsável que eu conheço, uma vez falou que seu maior medo "era não ter conseguido cumprir a missão que lhe foi dada".
A responsabilidade é maior do que muitas pessoas pensam.
Para cada pessoa há uma forma de se manifestar a mediunidade, o deja-vu, termo muito conhecido e falado, é uma forma de mediunidade intuitiva ou de premonição, saber fazer uso dela é estar evoluindo espiritualmente. A paciência é uma virtude ao médium de incorporação que está se iniciando, a ansiedade é um fator negativo. O querer bloqueia as vibrações.
Se você foi presenteado com esse dom ou provação, a mediunidade, aceite-a de bom grado e faça uso dela, para atingir a evolução espiritual necessária. Não deixe que a vaidade, a ansiedade, venham a impedir que você percorra seu caminho. Apesar da jornada ser difícil você sentirá que vale a pena.
OS ORIXÁS
Crer na existência dos Orixás e o que eles representam está dentro de cada um de nós, vai da fé, do sentimento, e dos ensinamentos que nos forem passado. Os Orixás estão presentes em todas as religiões apenas em cada conceito é lhe dado um nome diferente.
Tentando simplificar O Orixá, é força e luz, de uma pureza sem par, está presente em todas as manifestações da natureza, na vida.
O Orixá, seria a o Primeiro de uma hierarquia espiritual, o degrau abaixo de um Ser Supremo, Oxalá ( DEUS ).
Os Orixás, não se manifestam em, terreiros, roças, casas de caridade, sua luz e energia é tão grande que cegaria a quem o visse ou sentisse. Os espíritos do plano superior, por afinidade, estão ligados a cada um dos orixás, fazendo uma comparação terrena, seria como um pelotão de exercito, onde o Orixá seria o comandante e os Espíritos sob seus ensinamentos os soldados.
É sua responsabilidade transmitir os ensinamentos do plano superior aos seus comandados e que esses transmitam aos espíritos que estão aindaem evolução. Por sua vez, seguindo a a mesma metáfora do exercito, seriam os soldados que se manifestam e trabalham nas Giras, com isso adquirem conhecimento e evolução para irem galgando degraus dentro da hierarquia espiritual.
É dos Orixás também, a responsabilidade de manter o equilíbrio entre os planos astral e físico.
Quando um espirito desencarnado se encontra na vibração de um Orixá esse assume características vibratórias da linha a que faz parte, assumindo características desse orixá. No Candomblé, é comum as manifestações de entidades dizendo-se um Orixá ( Ex.: Ogum, Oxossi, Xangô, etc.), na realidade está se manifestando um espirito ligado a essa família, que atua e trabalha sobre as forças e influencia desse Orixá. Na Umbanda, por sua vez, as entidades se manifestam já como emissários da linha de determinado Orixá.
Como toda a incorporação é feita em uma esfera, O Orixá, em si, não se manifesta, pois sua faixa de vibração não é compatível com a vibração dos espíritos encarnados. O corpo físico atua como um bloqueador de vibrações ou melhor como um escudo que altera o grau vibratório do corpo astral.
Na Umbanda é dito da existência de Sete Linhas, ou seja, existiriam sete vibrações diferenciadas, que seriam : Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oriente e Africana. As linhas vibratórias não podem, de forma alguma serem confundidas com os Orixás, propriamente ditos. Elas apenas determinam o tipo e o grau de vibração existente, não quer dizer que existe somente 7 orixás. Essa definição de sete linhas, alem de estar ligado ao misticismo do numero em sí, também tem suas raízes nas regiões da África, onde seriam a morada desses Orixás.
Os Orixás, mais conhecidos, são mais que sete, assim podemos dizer que alguns desses Orixás tem o mesmo fluxo de vibração de outros. Novamente volto a falar para não confundirem os Orixás com os Guias que se manifestamem terreiros.
A determinação da linha vibratória de um Orixá está ligada aos elementos da natureza que eles venham a manipular. Um único elemento ou a combinação de dois ou mais, fazem a definição da linha vibratória. Outros fatores também estão ligados aos Orixás ou o inverso, os Orixás estão ligados a outros fatores, que podemos citar como exemplo: Os dias da Semana, Os Meses do Ano, O próprio Ano em si ( Ciclo de tempo que o Planeta terra leva para dar uma volta em torno do sol), Os planetas, etc.
AS ENTIDADES
A manifestação de entidades espirituais em uma pessoa, é chamada de incorporação, mas quem seriam essas entidades???
Em comum acordo, todas as religiões com base no Espiritismo, tem como conceito que essas entidades são espíritos, desencarnados, que se manifestam por várias razões. Podem ser entidades que vem a procura de esclarecimentos e de um caminho que os levem para o plano espiritual. Podem ser espíritos evoluídos que tem como missão trazer conhecimento e esclarecimentos, etc, etc, etc.
O que se pode dizer com certeza é que essas entidades, são força e energia e saber manipular essas forças ou guia-las é uma responsabilidade enorme, que nos foi presenteada.
Quanto maior o grau de evolução de uma dessas entidades, menor é a possibilidade ou a frequência de incorporação ou manifestação no plano terreno. São inúmeras razões e explicações de tal fato, uma das entidades que se manifesta através de mim passou-me a seguinte explicação que agora eu reparto com quem estiver lendo, com a Sua autorização.
"Vocês, seres corpóreos, que vivem no plano terreno, vibram em uma frequência baixa, quando nós queremos nos manifestar, temos quem fazer com que nossa faixa de vibração se aproxime o máximo possível da faixa de vocês. Quanto mais evoluído é o Espirito mais difícil é ele conseguir vir a uma faixa de vibração inferior"
"Você pode imaginar a evolução espiritual como sendo uma escada, sendo que no primeiro degrau encontra-se os espíritos presos a matéria corpórea, em cada degrau acima encontram-se espíritos com uma evolução maior. Todos eles estão, por assim dizer, de mãos dadas, e quando um sobe um degrau, todos os que estão abaixo deles também evoluem um pouco mais"
"Como em uma hierarquia, os espíritos mais evoluídos, guiam os outros em missões que os farão atingir degraus evolutivos, ou como se fala, ganhar um pouco de luz. Podemos dizer que, quem está ligado à matéria corpórea, ainda vive nas trevas. Quando da desencarnação, o espirito liberto, segue seu caminho até o degrau evolutivo que se encontra, passando ali a exercer as funções de sua evolução".
"Os seres que vocês chamam de Anjos, e que para alguns se apresentam em uma forma etérea/corpórea, na verdade são espíritos com um grau de evolução de poucos degraus acima que a faixa de vibração corpórea, assim podem se manifestar aproximando-se da faixa vibratória da forma corpórea. Eles são guiados por espíritos superiores, os verdadeiros Anjos, Arcanjos e Serafins, da mitologia católica."
"O Exu, ou melhor as entidades ligadas a linha de Exú, tem a frequência de vibração quase idêntica a vibração dos espíritos incorporados. Quando uma entidade em um terreiro fala que vai correr uma Gira, desmanchar um trabalho, na realidade ele está dizendo que vai mandar um "Exú", seu soldado direto fazer esse trabalho, primeiro por causa do fator vibratório e segundo para que esse espirito possa com esse ato, ganhar mais força e luz para ir obtendo o grau evolutivo necessário."
Os Guias
Confundidos com os Orixás, os Guias são as entidades que se manifestam, pela incorporação nos trabalhos espirituais.
No Candomblé, em algumas linhas que seguem não só os ritos, essas entidade, são chamadas de "Encantados", e também trabalham efetuando consultas e passes.
Na Umbanda, genericamente, são chamados de Guias, sendo que dependendo do trabalho, esse termo é substituído por outros, como por exemplo, Caboclos, ao se referirem as entidades das linhas de Ogum, Oxossi e Xangô. Pretos Velhos, aos que vibram pela influencia de Irocó e que assumem a postura de escravos. Povos, quando se fala de Baianos, Ciganos, Boiadeiros. E assim vai.
Os guias que incorporam, se manifestam trazendo as características da linha vibratória a qual estão ligadas, existem, algumas características que com o tempo foram se tornando como uma assinatura e que algumas pessoas acham ser uma regra, e para essas pessoas qualquer mudança dessa regra não deixa de ser uma manifestação verdadeira. Algumas dessas características, podemos dar como exemplo:
Os Guias de Ogum, se apresentam como uma espécie de Soldado Romano
Os Guias de Oxossi, se apresentam como Índios, o mesmo acontecendo com os de Xangô.
Os Guias da Linha de Baiano, dizem ser oriundos da Bahia.
Os Guias da Linha do Oriente, quase sempre se manifestam como Ciganos.
Os Guias da Linha de Preto Velho, se manifestam como pessoas idosas, característica essa já ligada por si só ao nome da linha.
O que citei acima como exemplo, não refletem a verdade, mas já está tão enraizado que é difícil hoje em dia acabar com esse conceito. Um Índio ( Caboclo por assim dizer) pode ser muito bem um Guia de Ogum, não tendo a obrigação de se manifestar como um soldado romano, com toda a pompa, ele irá vir com todas as características que absorveu em sua vida terrena. O Baiano, pode ter nascido em qualquer lugar. A Linha do Oriente é mais ampla do que apenas Ciganos, podem se apresentar como Japoneses, Chineses, Mongois, etc., do mesmo Jeito que um Escravo Novo, pode vir na linha de Pretos Velhos, e a cor de sua pele não é influencia para a linha.
Todos os povos do Planeta, podem se manifestar em qualquer pessoa e a língua falada não é necessariamente a que ele usou enquanto estava encarnado, como ele usa as faculdades e conhecimentos do médium, ele vai falar na língua conhecida. Sua forma de falar é uma característica própria, mas sem ser regra dele falar os "EXAS e IEs", tão comuns em todos os terreiros.
Se tomarmos como exemplo um trabalho de "mesa branca", muito conhecido, ali dificilmente um espirito se manifesta com as características da Umbanda. O Guia, sabe como agir, tem o discernimento e, adaptar-se ao local onde está se manifestando é facil, para eles, mas, nada o impedirá tambem de se manifestar da mesma forma que em um terreiro.
A Umbanda, aproxima-se mais com as pessoas, os Guias que se manifestam passam a impressão de serem "mais humanos", por assim dizer. Tem, por vezes, os mesmos defeitos que a pessoa que o procura. Fala errado, fuma, bebe, ri, brinca, é sério, etc..., diferente de outros trabalhos de espiritismo. Essa forma de agir dos Guias é o imã que atrai e dá confiança para quem os procuras.
Os guias, tem livre arbítrio de se manifestarem, com as características necessárias para efetuar o seu trabalho.
Quando um guia de manifesta, ele diz seu nome, nome esse ligado a sua linha vibratória e/ou falange. O mesmo guia, pode se manifestar em mais de um médium, desde que não seja no mesmo ambiente e ao mesmo tempo, mas não é raro, encontrar no mesmo ambiente duas ou mais entidades com o mesmo nome, ai, nesse caso, são entidades que vibram na mesma linha. O Guia, tem memória para recordar-se de qualquer trabalho feito a uma pessoa, mesmo que não tenha sido feito quando da incorporação no mesmo Médium.
Uma coisa que é necessário esclarecer com relação aos Guias, seria a forma de trabalho ligado ao Exú, ou o Capangueiro, como é conhecido em alguns lugares. Toda entidade, não trabalha sozinha, quando da sua incorporação ela trás consigo, uma legião de espíritos que fazem a guarda e a proteção. Quando da necessidade de uma gira ou desmanche de algum trabalho, não é o espirito incorporado que o faz. Ele manda, por assim dizer, seu capangueiro efetuar o trabalho. (A hierarquia prevalece). Lembre-se que os Exus são considerados como a "Policia do Astral". O outro porque, está ligado a faixa vibratória das entidades da linha de Exú, estas estão mais próxima a vibração terrena gerando facilidade de desmanche ou envio de vibração. Com isso, essas entidades ganham, por assim dizer, mais luz e força, quando da execução de um trabalho.
As linhas de povos, Baianos, Boiadeiros, Crianças, etc., também vibram quase na mesma frequência que a dos espíritos encarnados, havendo pouco diferencial de vibração entre essas entidades e os Exús.
Um Guia, seja ele de que linha é, tem a mesma força que qualquer outro, não havendo um mais forte que o outro, o que diferencia é a preparação do médium.
Um médium de Umbanda é preparado, tanto pelos Guias, como pelo Pai de Santo. Esse, por si tem uma responsabilidade maior, saber frear os desejos terrenos dos seus filhos, pois esses desejos tendem a prejudicar o desenvolvimento do médium.
Alguns terreiros, fazem para seus participantes "Giras" próprias para desenvolvimento. Nessas giras, são passados os conhecimentos necessários. Em alguns terreiros, essas giras são feitas somente para os médiuns da corrente, não sendo permitido a presença de plateia. Uma das razões disso prende-se ao fato da liberdade do Pai de Santo de falar com esses filhos, em desenvolvimento, sem constrange-los. Alguns na ânsia de desejo, acabam confundindo um incorporação verdadeira, com a vontade de estar incorporado. O Pai de Santo, tem por obrigação, guiar esses filhos, no caminho certo, parar as "tremedeiras" e "Chacoalhos", e faze-lo entender a diferença entre vibração e incorporação. Muitos não aceitam, mas o primeiro passo para um bom desenvolvimento é saber reconhecer as diferenças.
Os médiuns em desenvolvimento, tem uma maior facilidade de receber entidades, como popularmente falam, de Esquerda, ou como eu prefiro falar, da Linha de Exús ou, dos Povos (Baiano, Boiadeiro, etc.), o motivo de tal é o foco vibracional gerado tanto pelo médium, como por essas entidades. Não é raro, achar um médium em desenvolvimento que já receba um Exu e esse fale, ande, se manifeste como se a muito esse médium o recebesse e ainda não ter se manifestado nenhuma entidade de outra linha.
Fatores que facilitam o desenvolvimento e a incorporação de um médium são o preparo do ambiente para o trabalho de desenvolvimento. Podemos citar, para exemplificar que o Som dos Atabaques, a "Gira" favorecem o desenvolvimento porque fazem o desligamento do pensamento do médium
Inconsciente : É quando o médium entra em uma espécie de transe, como se estivesse dormindo. Enquanto ele se encontra nesse estado, o Guia incorpora agindo através do corpo do médium, podemos dizer que se tornaria dono das atitudes e dos sentidos. ( Essa incorporação é rara, por assim dizer, muitos médiuns falam ser inconsciente apenas para não gerar duvidas e conflitos)
Semiconsciente : Nesse caso a existe uma consciência por parte do médium, mas mesmo com essa consciência, não há o domínio das faculdades físicas, sendo essas coordenadas pelo Guia.
Consciente : Essa é a mais comum e a de maior responsabilidade. Médiuns temem dizer que são conscientes, achando que por causa desse tipo de incorporação estariam em um estágio mais baixo, por assim dizer. Ledo engano, da parte desses. Se lhe é permitido ser consciente é que existe uma grande confiança entre o Guia e seu Médium. O Médium consciente tem o poder de omitir, alterar, acrescentar, o que lhe é dito por seu guia, se esse médium não tiver o discernimento necessário o trabalho não será feito a contento. Esse tipo de incorporação é também uma espécie de prova para o médium.
Não ouve um Pai de Santo, que não tenha sido médium antes, e isso aguça a vontade de muitos filhos de santo de se tornarem em um futuro bem mais próximo do que deveria, um Pai de Santo.
A responsabilidade de um Pai de Santo, não pode ser medida pelo tempo que ele convive na Umbanda, pesa muito o discernimento dele com relação aos demais filhos de santo e para com aqueles que irão procurar sua ajuda. Muitos gostam da pompa e do titulo, e esquecem que existe muito mais coisas do que isso. Esquecem que eles serão mentores de outros médiuns e não tendo o conhecimento necessário podem atrapalhar o desenvolvimento desses que o seguem.
É comum ver abrir, e fechar, rapidamente terreiros de Umbanda, a falta de preparo é o ponto principal desse fato. Também é fácil achar pessoas que fazem trabalhos em casa, mas, até onde o estão fazendo corretamente??? Muitas não sabem. Existem seguidores que acham que para ser um Pai de Santo é necessário o Rito de Deitada, Raspagem, etc., mas, a realidade é outra, quem determina que um médium está preparado ou não para dar mais um passo na sua evolução são seus Guias. Eles devem demonstrar que o médium alem de estar preparado é sabedor da responsabilidade que estará por assumir. Muitas coisas lhe são ensinadas no retiro da Camarinha, mas muito mais lhe é ensinado nos seus trabalhos e por suas entidades. A confiança no Pai de Santo é um fator que será de grande peso. As vezes o médium acha-se no direito de fazer a deitada, mas como o Pai de Santo não quer fazer, a vaidade é mais forte e procura-se um outro que o fará. Quando ha uma negativa por parte de um Pai de Santo é que esse não acha que o momento é propicio, seja pelo médium ou por ele próprio não estar preparado para tal. Quantos casos que eu conheço que a vaidade é tanta, que um filho deitado, suposto Pai de Santo, ao sair da Camarinha já se acha pronto para fazer outro filho de Santo. Nem ele e nem o que ele fez terão o preparo necessário para dar sequência ao trabalho.
Por causa de alguns médiuns é que a Umbanda não é, muitas vezes, levada a sério. Existe muita mistificação e falta de preparo.
Achar que se está fazendo as coisas corretamente jogando as responsabilidades para os mentores Espirituais é comum acontecer.
Os erros mais comuns, cometidos por médiuns são:
- Não aceitarem que são médiuns conscientes, preferem mentir para si e para outros, dizendo serem inconscientes. Existe uma falta de confiança gerada em relação para o médium Consciente.
- Deixar a vaidade tomar conta. Quem fez algo foi o Guia, o médium apenas emprestou, por assim dizer, seu corpo para que o Guia se manifestasse. Achar que seu Guia é mais "formoso" que o outro porque o Cocar ou a Capa que você deu para ele é mais bonita, porque a cada 10 filhos que vem no terreiro cinco querem falar com a sua entidade. Que ele se manifesta, dança mais que os outros é estar deixando a vaidade tomar a frente e esquece que a humildade é passada como ensinamento pelos seus próprios Orixás.
- Pela entidades fortes, que trabalham em sincronia achar que se está preparado para abrir seu próprio terreiro e transmitir ensinamentos. Quando for a hora certa, seus próprios guias indicarão o caminho. Não deixe a sua vontade tomar a frente da vontade dos Orixás.
- Trabalhar com apenas algumas entidades, pois elas se sobressaem das outras.
MEDIUNIDADE
Falar de mediunidade, tentar colocar em palavras o que seria esse termo, não é uma tarefa fácil. Existem conceitos que nos são passados sobre mediunidade, tipos de mediunidades, graus, etc. e, também que todas as pessoas tem o dom mediunico dentro de si, em escala e tipo de manifestação diferenciado.
Quando se fala que uma pessoa é médium a primeira correlação que vem a mente é a Incorporação, também essa é a forma mais comum de mediunidade. Apesar da existência da Mediunidade de vidência, auditiva e intuitiva e outras classificações, quando se quer classificar um médium na umbanda, é normal classifica-lo se o mesmo for um médium de incorporação.
Dizer que é um dom a Mediunidade é uma verdade, mas o que se deve também dizer é que é uma provação muito grande, um teste por assim dizer, que se pede quando se reencarna.
Pelos meus anos dentro da Umbanda, eu pude perceber, aprender e aceitar, que nem sempre um médium seja ele de qual classificação, está em um grau de evolução superior a um médium que não se manifestou a mediunidade.
Oxalá, nosso Pai Maior, presenteia muitas vezes com o dom da mediunidade aquele espirito que reencarna para cumprir uma provação e evoluir mais espiritualmente. Fazer uso desse dom de forma correta e coerente é um dos principais passos a ser dado no degrau de evolução.
Muitos frequentadores de tendas de Umbanda, querem por que querem, poder incorporar, ter seu guia, trabalhar, e se frustram quando o mesmo não ocorre. A não manifestação por vezes é a demonstração que esse espirito que hoje habita o plano físico já cumpriu determinada provação.
A principal provação que passa um médium é assumir a responsabilidade por esse dom e fazer uso dele da forma que seu livre arbítrio assim o quiser. Quando se fala que o mal uso da mediunidade pode ser punida com a perda da mesma é uma verdade, você pode ter esse seu dom suprimido, e é quase certo que em uma próxima encarnação passará pela mesma provação. Francisco Cândido Xavier, um dos médiuns mais responsável que eu conheço, uma vez falou que seu maior medo "era não ter conseguido cumprir a missão que lhe foi dada".
A responsabilidade é maior do que muitas pessoas pensam.
Para cada pessoa há uma forma de se manifestar a mediunidade, o deja-vu, termo muito conhecido e falado, é uma forma de mediunidade intuitiva ou de premonição, saber fazer uso dela é estar evoluindo espiritualmente. A paciência é uma virtude ao médium de incorporação que está se iniciando, a ansiedade é um fator negativo. O querer bloqueia as vibrações.
Se você foi presenteado com esse dom ou provação, a mediunidade, aceite-a de bom grado e faça uso dela, para atingir a evolução espiritual necessária. Não deixe que a vaidade, a ansiedade, venham a impedir que você percorra seu caminho. Apesar da jornada ser difícil você sentirá que vale a pena.
OS ORIXÁS
Crer na existência dos Orixás e o que eles representam está dentro de cada um de nós, vai da fé, do sentimento, e dos ensinamentos que nos forem passado. Os Orixás estão presentes em todas as religiões apenas em cada conceito é lhe dado um nome diferente.
Tentando simplificar O Orixá, é força e luz, de uma pureza sem par, está presente em todas as manifestações da natureza, na vida.
O Orixá, seria a o Primeiro de uma hierarquia espiritual, o degrau abaixo de um Ser Supremo, Oxalá ( DEUS ).
Os Orixás, não se manifestam em, terreiros, roças, casas de caridade, sua luz e energia é tão grande que cegaria a quem o visse ou sentisse. Os espíritos do plano superior, por afinidade, estão ligados a cada um dos orixás, fazendo uma comparação terrena, seria como um pelotão de exercito, onde o Orixá seria o comandante e os Espíritos sob seus ensinamentos os soldados.
É sua responsabilidade transmitir os ensinamentos do plano superior aos seus comandados e que esses transmitam aos espíritos que estão ainda
É dos Orixás também, a responsabilidade de manter o equilíbrio entre os planos astral e físico.
Quando um espirito desencarnado se encontra na vibração de um Orixá esse assume características vibratórias da linha a que faz parte, assumindo características desse orixá. No Candomblé, é comum as manifestações de entidades dizendo-se um Orixá ( Ex.: Ogum, Oxossi, Xangô, etc.), na realidade está se manifestando um espirito ligado a essa família, que atua e trabalha sobre as forças e influencia desse Orixá. Na Umbanda, por sua vez, as entidades se manifestam já como emissários da linha de determinado Orixá.
Como toda a incorporação é feita em uma esfera, O Orixá, em si, não se manifesta, pois sua faixa de vibração não é compatível com a vibração dos espíritos encarnados. O corpo físico atua como um bloqueador de vibrações ou melhor como um escudo que altera o grau vibratório do corpo astral.
Na Umbanda é dito da existência de Sete Linhas, ou seja, existiriam sete vibrações diferenciadas, que seriam : Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oriente e Africana. As linhas vibratórias não podem, de forma alguma serem confundidas com os Orixás, propriamente ditos. Elas apenas determinam o tipo e o grau de vibração existente, não quer dizer que existe somente 7 orixás. Essa definição de sete linhas, alem de estar ligado ao misticismo do numero em sí, também tem suas raízes nas regiões da África, onde seriam a morada desses Orixás.
Os Orixás, mais conhecidos, são mais que sete, assim podemos dizer que alguns desses Orixás tem o mesmo fluxo de vibração de outros. Novamente volto a falar para não confundirem os Orixás com os Guias que se manifestam
AS ENTIDADES
A manifestação de entidades espirituais em uma pessoa, é chamada de incorporação, mas quem seriam essas entidades???
Em comum acordo, todas as religiões com base no Espiritismo, tem como conceito que essas entidades são espíritos, desencarnados, que se manifestam por várias razões. Podem ser entidades que vem a procura de esclarecimentos e de um caminho que os levem para o plano espiritual. Podem ser espíritos evoluídos que tem como missão trazer conhecimento e esclarecimentos, etc, etc, etc.
O que se pode dizer com certeza é que essas entidades, são força e energia e saber manipular essas forças ou guia-las é uma responsabilidade enorme, que nos foi presenteada.
Quanto maior o grau de evolução de uma dessas entidades, menor é a possibilidade ou a frequência de incorporação ou manifestação no plano terreno. São inúmeras razões e explicações de tal fato, uma das entidades que se manifesta através de mim passou-me a seguinte explicação que agora eu reparto com quem estiver lendo, com a Sua autorização.
"Vocês, seres corpóreos, que vivem no plano terreno, vibram em uma frequência baixa, quando nós queremos nos manifestar, temos quem fazer com que nossa faixa de vibração se aproxime o máximo possível da faixa de vocês. Quanto mais evoluído é o Espirito mais difícil é ele conseguir vir a uma faixa de vibração inferior"
"Você pode imaginar a evolução espiritual como sendo uma escada, sendo que no primeiro degrau encontra-se os espíritos presos a matéria corpórea, em cada degrau acima encontram-se espíritos com uma evolução maior. Todos eles estão, por assim dizer, de mãos dadas, e quando um sobe um degrau, todos os que estão abaixo deles também evoluem um pouco mais"
"Como em uma hierarquia, os espíritos mais evoluídos, guiam os outros em missões que os farão atingir degraus evolutivos, ou como se fala, ganhar um pouco de luz. Podemos dizer que, quem está ligado à matéria corpórea, ainda vive nas trevas. Quando da desencarnação, o espirito liberto, segue seu caminho até o degrau evolutivo que se encontra, passando ali a exercer as funções de sua evolução".
"Os seres que vocês chamam de Anjos, e que para alguns se apresentam em uma forma etérea/corpórea, na verdade são espíritos com um grau de evolução de poucos degraus acima que a faixa de vibração corpórea, assim podem se manifestar aproximando-se da faixa vibratória da forma corpórea. Eles são guiados por espíritos superiores, os verdadeiros Anjos, Arcanjos e Serafins, da mitologia católica."
"O Exu, ou melhor as entidades ligadas a linha de Exú, tem a frequência de vibração quase idêntica a vibração dos espíritos incorporados. Quando uma entidade em um terreiro fala que vai correr uma Gira, desmanchar um trabalho, na realidade ele está dizendo que vai mandar um "Exú", seu soldado direto fazer esse trabalho, primeiro por causa do fator vibratório e segundo para que esse espirito possa com esse ato, ganhar mais força e luz para ir obtendo o grau evolutivo necessário."
Os Guias
Confundidos com os Orixás, os Guias são as entidades que se manifestam, pela incorporação nos trabalhos espirituais.
No Candomblé, em algumas linhas que seguem não só os ritos, essas entidade, são chamadas de "Encantados", e também trabalham efetuando consultas e passes.
Na Umbanda, genericamente, são chamados de Guias, sendo que dependendo do trabalho, esse termo é substituído por outros, como por exemplo, Caboclos, ao se referirem as entidades das linhas de Ogum, Oxossi e Xangô. Pretos Velhos, aos que vibram pela influencia de Irocó e que assumem a postura de escravos. Povos, quando se fala de Baianos, Ciganos, Boiadeiros. E assim vai.
Os guias que incorporam, se manifestam trazendo as características da linha vibratória a qual estão ligadas, existem, algumas características que com o tempo foram se tornando como uma assinatura e que algumas pessoas acham ser uma regra, e para essas pessoas qualquer mudança dessa regra não deixa de ser uma manifestação verdadeira. Algumas dessas características, podemos dar como exemplo:
Os Guias de Ogum, se apresentam como uma espécie de Soldado Romano
Os Guias de Oxossi, se apresentam como Índios, o mesmo acontecendo com os de Xangô.
Os Guias da Linha de Baiano, dizem ser oriundos da Bahia.
Os Guias da Linha do Oriente, quase sempre se manifestam como Ciganos.
Os Guias da Linha de Preto Velho, se manifestam como pessoas idosas, característica essa já ligada por si só ao nome da linha.
O que citei acima como exemplo, não refletem a verdade, mas já está tão enraizado que é difícil hoje em dia acabar com esse conceito. Um Índio ( Caboclo por assim dizer) pode ser muito bem um Guia de Ogum, não tendo a obrigação de se manifestar como um soldado romano, com toda a pompa, ele irá vir com todas as características que absorveu em sua vida terrena. O Baiano, pode ter nascido em qualquer lugar. A Linha do Oriente é mais ampla do que apenas Ciganos, podem se apresentar como Japoneses, Chineses, Mongois, etc., do mesmo Jeito que um Escravo Novo, pode vir na linha de Pretos Velhos, e a cor de sua pele não é influencia para a linha.
Todos os povos do Planeta, podem se manifestar em qualquer pessoa e a língua falada não é necessariamente a que ele usou enquanto estava encarnado, como ele usa as faculdades e conhecimentos do médium, ele vai falar na língua conhecida. Sua forma de falar é uma característica própria, mas sem ser regra dele falar os "EXAS e IEs", tão comuns em todos os terreiros.
Se tomarmos como exemplo um trabalho de "mesa branca", muito conhecido, ali dificilmente um espirito se manifesta com as características da Umbanda. O Guia, sabe como agir, tem o discernimento e, adaptar-se ao local onde está se manifestando é facil, para eles, mas, nada o impedirá tambem de se manifestar da mesma forma que em um terreiro.
A Umbanda, aproxima-se mais com as pessoas, os Guias que se manifestam passam a impressão de serem "mais humanos", por assim dizer. Tem, por vezes, os mesmos defeitos que a pessoa que o procura. Fala errado, fuma, bebe, ri, brinca, é sério, etc..., diferente de outros trabalhos de espiritismo. Essa forma de agir dos Guias é o imã que atrai e dá confiança para quem os procuras.
Os guias, tem livre arbítrio de se manifestarem, com as características necessárias para efetuar o seu trabalho.
Quando um guia de manifesta, ele diz seu nome, nome esse ligado a sua linha vibratória e/ou falange. O mesmo guia, pode se manifestar em mais de um médium, desde que não seja no mesmo ambiente e ao mesmo tempo, mas não é raro, encontrar no mesmo ambiente duas ou mais entidades com o mesmo nome, ai, nesse caso, são entidades que vibram na mesma linha. O Guia, tem memória para recordar-se de qualquer trabalho feito a uma pessoa, mesmo que não tenha sido feito quando da incorporação no mesmo Médium.
Uma coisa que é necessário esclarecer com relação aos Guias, seria a forma de trabalho ligado ao Exú, ou o Capangueiro, como é conhecido em alguns lugares. Toda entidade, não trabalha sozinha, quando da sua incorporação ela trás consigo, uma legião de espíritos que fazem a guarda e a proteção. Quando da necessidade de uma gira ou desmanche de algum trabalho, não é o espirito incorporado que o faz. Ele manda, por assim dizer, seu capangueiro efetuar o trabalho. (A hierarquia prevalece). Lembre-se que os Exus são considerados como a "Policia do Astral". O outro porque, está ligado a faixa vibratória das entidades da linha de Exú, estas estão mais próxima a vibração terrena gerando facilidade de desmanche ou envio de vibração. Com isso, essas entidades ganham, por assim dizer, mais luz e força, quando da execução de um trabalho.
As linhas de povos, Baianos, Boiadeiros, Crianças, etc., também vibram quase na mesma frequência que a dos espíritos encarnados, havendo pouco diferencial de vibração entre essas entidades e os Exús.
Um Guia, seja ele de que linha é, tem a mesma força que qualquer outro, não havendo um mais forte que o outro, o que diferencia é a preparação do médium.
FIRMEZA DO ANJO DA GUARDA.
O QUE É FIRMEZA DE ANJO E POR QUE FAZÊ-LA?
Firmeza assemelha-se a uma simplificação de assentamento.
A firmeza cria um ponto de sustentação para as ações da entidade firmada, dando-lhe um pouco mais de segurança para que possa resistir ás reações das suas atuações em beneficio das pessoas necessitadas do seu auxilio.
Resumindo – é uma proteção a mais, um aumento de poder de força de seu anjo, pois seu anjo da guarda lhe protegerá, sustentará, amparará e a auxiliará mais profundamente.Esta firmeza deve permanecer dentro do terreiro, aos cuidados somente do mesmo ou dirigente do terreiro, longe de olhos curiosos.Se um dia o filho for para outro terreiro deverá levá-la.
COMO FAZER UMA OFERENDA?
Apesar de aqui falar sobre oferendas básicas, muitas vezes os Guias pedem outros elementos.Não há uma regra única, mas a necessidades que devem ser respeitadas:
· Uns pedem que a oferenda seja simples;
· Outros pedem que ela contenha muitos elementos;
· Uns pedem que circulem com bebidas, pós, velas, água, raiz em pó, sementes, etc.
· Em vez de toalha, pedem que forrem com folhas diretamente no solo;
Enfim, tudo varia de acordo com a necessidade de cada pessoa que a faz.Apenas devemos manter o bom senso para não acontecerem substituições ridículas e inúteis. Não se substitui o galo tradicional por "caldo kinor" certo?
OFERENDAS BÁSICAS
Oxalá – 25 dezembro
Tecido , vela , pemba brancos;
Frutas brancas( melão, goiaba etc.)
Vinho branco e doce, água de coco seco
Fitas brancas
Comida branca ( canjica, arroz doce, coalhada adocicada)
Pães, mel
Farinha de trigo para circular e fechar a oferenda.
Instrumento (Poxorô - cajado)
Oxossi - 20 janeiro
Pano , vela, fita,pemba, verdes;
Frutas todas;
Comida ( moranga cozida, milho verde cozido, maça cozida e regada com mel, doces cristalizados, carne com abobora);
Vinho tinto, cerveja branca;
Suco de frutas;
Fubá para circular as oferendas.
Instrumento (espada de aço)
Xango- 29 junho
Panp, vela, fita e pembas marrons;
Frutas ( abacaxi, melçao, manga, caju, caqui, laranja, melancia, goiaba vermelha)
Vinho tinto seco, cerveja preta, licor de chocolate
Comida ( quiabo cortado em rodelas e levemente cozido , rabada cozida em rodelas)
Instrumento (oxé – machado de duas laminas)
Ogum
Pano, vela,fita, pemba vermelhas;
Flores ( cravo e palmas vermelhas
Frutas ( melancia, laranja, pêra, ameixa preta, uvas)
Licor de gengibre, cerveja branca;
Comida (feijoada)
Instrumento (espada de aço)
Obaluaiê
Pano banco, fita, pemba,vela brancos;
Flores – crisântemo branco, quaresmeira;
Frutas – caqui, pinha, coco seco;
Comida- pipoca estalada, batata doce roxa cozida com mel; mandioca em toletes cozida com açúcar;
Bebidas- vinho branco licoroso, água, licor de ambrosia.
Instrumento – Xaxará ( cabaça mágica)
Omulu ( forma mais antiga de obaluaiê) – 2 de novembro
Pano,Vela;Fita ;pemba brancos e pretos;
Flores ( crisântemos, flor do campo, rosa branca)
Frutas- maracujá, ameixa preta, ingá, figo
Comida ( pipoca estalada e regada com mel, coco ralado ou fatiado , batata doce roxa cozida e regada com mel, bisteca de porco ou pedaços de fritas e regadas no dendê.
Bebida- água de coco, vinho branco licoroso, licor de hortelã.
Instrumento – Xaxará ( cabaça mágica)
Oiá Logunan- Orixá do tempo
Pano, vela, pemba, fita –brancas e azul escuro
Quartinha ou copo com água;
Licor de aniz frutas- laranja, caqui, amora e maçã, romã.
Flores do campo, palmas, lírios brancos.
Oxum – 12 de outubro
Pano, vela,fita,pemba amarela ou dourada
Flores- rosa amarela, branca
Fruta cereja, maça, pêra, melancia, goiaba, framboesa, pêssego
Bebida- champanhe de maça, uva,, licor de cereja
Instrumento – Abebê- espelho
Iansã
Pano, vela,pemba, fita, vermelho ou amarelo, magenta,
frutas laranja, morango, goiaba vermelha, pêssego, manga coração de boi
bebida- champanhe ou cidra
flores- amarelas e vermelhas
Instrumento – leruxim- cabo de cobre com rabo de cavalo)
comida- acarajé, abacaxi em calda, arroz doce, com bastante canela em pó por cima.
Nanã Buruquê
Pano, vela, fita, pembas lilases.
Flores do campo, lírios, crisântemos lilás.
Frutas- uva, manga, mamão, melão, amora, figo.
Bebidas- champanhe rose, licor de framboesa, licor de amora, morango.
Comida arroz doce
Iemanjá
Pano, vela, pemba, fitas azul clara=o.
Flores- rosas. Lírios, palmas, brancas
Fruta melão em fatias com cereja, laranja lima, goiaba branca,
Bebida champanhe e licor de ambrosia
Comida- manjar, peixes assados, arroz doce
Exu e Pombas giras
Pano, vela, fita, pemba, pretos ou vermelhos
Flores- cravo vermelho e rosa vermelha
Bebida- água ardente, whisque, conhaque, champanhes, vinhos roses, martines..
Fruta manga espada..
Comida farofa com fígado bovino e miúdos de frango, fígado acebolado no dendê e pimenta.
Pretos velhos
Pano, vela, fita, pemba brancos
Frutas todas
Bebida- café, água de coco, cerveja preta, vinho licoroso
Flores crisântemos brancos, lírio branco
Comida- arroz doce, bolo de fubá, de milho, doce de coco, doce de abobora, de cidra, quindim, coco fatiado,carne com abobora e feijão preto com carne de vaca
Baiano
Pano, vela, fita, pemba brancas ou amarelas,
Frutas- coco, caqui, uva, pêra, laranja, mamão,manga cocquinho,
Bebida – batida de coco, de amendoim, pinga com água de coco e coco em lascas.
Comida- farofa de carne seca, acarajé, sarapateu, quindim, bolo de milho.
Marinheiro
Pano, vela, pemba, fitas brancas
Flores- cravos branco e palmas brancas
Frutas variadas
Comida- peixe assado, frito, cozido, camarões, farofa de carne.
Erê
Pano, velas,pembas, rosa e azuis
Flores todas, frutas uva, pêssego, pêra, maça, melancia, melão, morango, goiaba, banana.
Comida doces bals bolos em geral
Bebidas refrigerantes, sucos de frutas e água de coco
Exu Mirim
Pano, vela, fita, bi color vermelho e preto
Flores cravos vermelhos
Frutas manga, limão, laranja, mamão
Comida cinzano, licores, pinga com mel
Comida fígado picado e frito no dendê, farofa apimentada- dada ( ovo cozido com doce de leite,)
Caboclos
As oferendas para caboclos e caboclas são iguais as do orixá que os regem. No particular são acrescentados elementos indicados por eles.
· Há muitas espécies de frutas, bebidas e flores. E há variedades de grãos cozidos, entre milhares de espécie de flores, seria ingenuidade de nossa parte limitarmos somente as escritas aqui.Apenas os Guias espirituais limitaram os elementos das oferendas para padronizá-las e assim, facilitar o ato de fazê-las. O importante é ouvir as entidades e anotar seus pedidos.
ASSENTAMENTO # FIRMEZA
O que é Assentamento?
É o local dentro do templo onde são colocados alguns elementos com poderes magisticos dos orixás, ferramentas, sementes, espelhos, pós, etc. com a finalidade de criar um ponto de proteção, defesa, descarga e irradiação. É destinado a Orixás ou guias espirituais.
Cada “peça” do assentamento após ser consagrada não poderá ser tocada por ninguém de fora que não seja autorizado.
O que é Firmeza?
Assemelha-se a uma simplificação do assentamento. A firmeza cria um ponto de sustentação para as ações da entidade firmada, dando-lhe um pouco mais de segurança para que possa atuar em beneficio de outras pessoas necessitadas de auxilio. É feita a uma só entidade.
- Tanto o assentamento quanto a firmeza dentro de um templo tem a função de proteger, sustentar e amparar o terreiro e seus médiuns.
Tipos de assentamentos.
São feitos conforme o Orixá, pois cada um possui seus elementos, suas ferramentas e “seu estilo”.O tipos de assentamento variam quanto aos orixás, cada um tem sua cor, sua ferramenta...E possuem uma identificação associada aos quatro elementos básicos- água, terra, fogo e ar, e seus três derivados- vegetal, mineral e cristal. Esses 7 elementos formadores do nosso planeta e de sua natureza, não surgiram por acaso, mas tem por trás de suas existências poderes divinos que os regem e graduam suas ações em nossas vidas.
· Iemanjá é identificada com o mar;
· Oxum é identificada com as cachoeiras;
· Nanã é identificada com os lagos
· Obá é identificada com as lagoas;
· Iansã é identificada com o ar;
· Xango é identificada com o fogo;
· OIá-logun é identificada com o crista;
· Oxossi é identificada com a mata;
Essas identificações geram todo um simbolismo usando para identificar as linhas espirituais regidas por mães Orixás.Mas existem vários outros identificadores e de todos os orixás. Isso acontece porque um mesmo orixá possui muitas hierarquias naturais e espirituais.
EXEMPLO:
Há o Orixá OGUN. Esse orixá possui hierarquias. Duas delas são regidas pelo Senhor Ogum Sete Lanças e por Seu Sete Espadas.
A hierarquia do Senhor Ogum Sete Lanças atua no campo regido por Oxalá, a hierarquia do Senhor Ogum Sete Espadas atua no campo regido por Omulu.
Além dessas duas hierarquias, também existem outras do Orixá Ogun, logo em cada uma destas hierarquias mudam alguns elementos e, em um mesmo Orixá temos vários tipos de assentamento:
Ex:
Ogum 7 ondas;
Ogun dos caminhos;
Ogum do tempo;
Ogum rompe -mato
Ogum beira-mar
Ogum de ronda;
Ogum matinata;
Ogum naruê, etc...
Cada um desses Oguns tem diferenciadores que distinguem quando assentados nos centros. Como cada orixá tem complexidade Elemental, instrumental e ferramental, os assentamentos tornaram-se “padrão”. Não importando a “qualidade” do Orixá pessoal do médium, seu assentamento repete ao do Orixá regente. Assim assenta-se Ogum e não um dos Oguns do Médium. Assenta-se Oxum, e não a “qualidade de Oxum do médium...
Com essa simplificação e coletividade dos assentamentos dos Orixás na Umbanda teremos 17 tipos de assentamentos. Como os guias espirituais se servem dos mesmos elementos instrumentais e ferramentais dos Orixás que regem, tudo se repete, facilitando mais uma vez esse campo para os médiuns Umbandistas.
TENDA DE UMBANDA CABOCLO 7 FLECHAS E BAIANA ZEFERINA- NAÇÃO OMOLOKÔ
OMOLOKÔ E SEU SIGNIFICADO:
“Omo” -Filho e “Oko” - Fazenda, zona rural onde esse culto, por causa da repressão policial que havia naquela época, os rituais eram realizados na mata ou em lugar de difícil acesso dentro das fazendas dos donos de escravos.
Talvez por causa disso hoje temos as denominações de “terreiro e roça” para os lugares onde os cultos afro-brasileiros são realizados. Nesse culto os orixás possuem nomes yoruba (Nagô), seus assentamentos parecem-se com os do Candomblé.
Independente das versões é sabido que o nome Omolokô define um culto originário do Rio de Janeiro com práticas rituais e de culto aos Orixás e que aceita cultos, aos Caboclos, aos Pretos-velhos e demais Falangeiros de Orixás da Umbanda. O culto Omolokô é apontado por estudiosos do assunto e praticantes como um dos principais influenciadores da formação da Umbanda africanizada ao lado do Candomblé de Caboclo, do Cabula e do próprio Candomblé. Teria surgido, segundo Tancredo da Silva Pinto entre o povo africano Lunda-Quiôco.
O Omolokô possui ritualística própria, portanto não se pode caracterizar qualquer Umbanda africanizada como tal. Seu representante mais expressivo é o tatá Tancredo da Silva Pinto, já falecido, estafeta dos correios, morador do morro São Carlos, que foi um grande estudioso e escritor do livro Culto Omolokô: Os Filhos de Terreiro. Porém figuras em tamanha importância, relatam a existência do Omoloko, tais como a escrava Maria Batayo[3] e a filha de escravos Léa Maria Fonseca da Costa que preservaram o Omolokô Tancredo da Silva Pinto. como aborda
A diáspora dos orixás cultuados no Omolokô é a mesma utilizada pelo Candomblé .
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